O PSDB deflagrou uma operação para impedir a criação do PSD, partido lançado pelo prefeito Gilberto Kassab, a tempo das eleições municipais do ano que vem.
A manobra consistirá na apresentação de ações pulverizadas por todo o país para a contestação do registro da nova legenda.
Para tirar o PSD do papel, Kassab precisa do apoio de 490,3 mil eleitores. As assinaturas devem ser colhidas em, pelo menos, nove Estados.
Segundo o prefeito, a nova sigla já conseguiu mais de um milhão de assinatura e cerca de 100 mil já foram certificadas.
Porém, denúncias de irregularidades na coleta dessas assinaturas podem atrapalhas os planos de Kassab. Entre as suspeitas está o uso da máquina da Prefeitura de São Paulo para recolher apoio à criação do novo partido e até a inclusão de nomes de pessoas que já morreram.
Na última quinta-feira (15), o chefe de gabinete da Subprefeitura da Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo, entregou uma lista de apoio à sigla a um repórter, que assinou o documento no gabinete do subprefeito Valdir Suzano, que estava no local.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” também mostrou que uma servidora comissionada de uma subprefeitura da zona sul enviou e-mail pedindo ajuda a amigos para coleta de assinaturas.
Ontem, vereadores de São Paulo protocolaram requerimento para a abertura de uma CPI para investigar o uso da estrutura da prefeitura na coleta das assinaturas.