Grupos criminosos que tentam se estabelecer em território paraibano sentiram nesta quarta-feira, 19 de junho, o impacto da maior operação policial já realizada este ano na Paraíba. Trata-se da Operação Renita, que prendeu 32 pessoas envolvidas com homicídios, crimes patrimoniais e tráfico de drogas. A investigação é da Polícia Civil da Paraíba e teve o apoio do Ministério Público, por meio do GAECO, da Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
As investigações tiveram início há mais de um ano, com a identificação de ações criminosas provocadas por facções dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro aqui na Paraíba. A Polícia Civil, por meio da Unintelpol/PCPB, começou a investigar integrantes com poder de comando dessas organizações criminosas, trabalho que resultou em 38 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão, expedidos pela justiça.
Os alvos na Paraíba, criteriosamente analisados durante as investigações, foram identificados nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e Gurinhém. Alguns deles também foram monitorados no Rio de Janeiro, cujos mandados judiciais ficaram a cargo da Polícia Civil carioca. De acordo com o delegado-geral da PCPB, André Rabelo, esta foi a maior operação policial de repressão qualificada realizada este ano na Paraíba.
“Podemos classificar, sem sombra de dúvidas, como uma operação espetacular, com o objetivo alcançado. Há mais de um ano que a Polícia Civil vem monitorando esses grupos, identificando seus líderes e coletando provas técnicas para que o Poder Judiciário possa expedir os mandados judiciais. Não é um trabalho fácil, mas quando atuamos de forma conjunta, com o apoio do GAECO e da Secretaria da Administração Penitenciária, o desfecho da missão tende a ser mais exitoso, como foi neste caso”, disse André Rabelo.
100 quilos
Durante as diligências, os policiais apreenderam mais de 100 quilos de drogas, entre maconha, cocaína e haxixe. Duas pistolas e um revólver também foram apreendidos e serão periciados pelo IPC da Polícia Civil, trabalho que poderá apontar autores de crimes de homicídio cometidos na Paraíba ou até mesmo fora do estado.
Presídios
O secretário da Administração Penitenciária, João Alves, disse que o sistema prisional não pode tolerar que, apesar de longe do convívio social, criminosos ainda influenciem em atos violentos nas ruas. “Estou momentaneamente assumindo o cargo de secretário de Estado, mas sou e continuarei sendo delegado de Polícia Civil. No que depender da nossa Pasta, operações como esta irão se repetir quantas vezes for necessário”, declarou João Alves, que colaborou nas investigações dos alvos que se encontram recolhidos em unidades prisionais.
Zelo na investigação
O promotor Daniel Dal Ponte, do Gaeco, destacou a forma como a investigação foi conduzida até a operação chegar ao seu desfecho. “É preciso mencionar os bastidores desse trabalho; os cuidados que foram tomados; a identificação correta das pessoas e dos locais a receberam a intervenção policial. Foi, de fato, um trabalho muito bem executado pelos atores envolvidos”, frisou o promotor.
Investigar e Proteger
A Polícia Civil continua investigando ramificações dessas organizações criminosas, para a deflagração de mais operações policiais como esta. “Desta magnitude ou até maior. O futuro dirá”, concluiu o delegado-geral André Rabelo.
Sigilo total
A PCPB dispõe do site https://197.pc.pb.gov.br/ A ferramenta possibilita o envio de textos, vídeos e imagens que possam contribuir com as investigações, além do Disque-Denúncia 197. Em qualquer das opções, o usuário não precisa se identificar. O sigilo é absoluto.
Assessoria