A Barra do Gramame tem história muito paraibana das origens. Primitivamente, como aconteceu com todo o litoral paraibano, era um dos paraísos potiguaras. Marcando a fronteira entre os municípios de João Pessoa e Conde, localiza-se no extremo sul do território que atualmente representa a capital paraibana, no universo dos municípios do estado. A principal atração da Barra do Gramame é, naturalmente, o encontro do rio com o mar. Essa junção cria um cenário paradisíaco, com águas calmas e cristalinas, ideais para nadar, tomar sol e apreciar a natureza. Como um todo, convém uma propagandazinha, sobre a costa da Paraíba, que possui um encadeamento de praias, do norte ao sul, extremamente belas, cada uma com sua singularidade. O que elas compartilham é a delícia das águas mornas, irresistíveis ao toque e perfeitas para longos mergulhos. O sol brilha intensamente quase o ano inteiro, apenas intercalado por breves períodos chuvosos, típicos dos meses de junho a agosto. A de Gramame destaca-se por ser uma praia de aparência quase intocada pela modernidade. Importante registrar a existência, em Gramame, de descendentes dos índios Tabajaras, que chegaram à Paraíba no Século XVI, liderados pelo cacique Piragibe, assentados no Litoral Sul quando do acordo entre portugueses, os próprios Tabajaras e os Potiguaras, lá nos idos de 1585, quando foi criada a Cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa. Diferentemente dos Potiguaras, que permanecem na região do Litoral Norte, a partir do referido acordo, os Tabajaras ainda não conseguiram registro definitivo de suas terras. Hoje vivem da pesca e da roça, enquanto corre o processo de demarcação nos organismos oficiais. O acesso à Gramame não conta com uma oferta constante de passeios turísticos, o que torna a visita uma aventura planejada, ideal para grupos de amigos ou familiares. Contudo, a beleza e tranquilidade da praia compensam o esforço. Bem como um profundo respeito à natureza e aos direitos dos indígenas.
(A imagem foi copiada de vídeo no YouTube)