Transtorno compulsivo

ROUBO PATOLÓGICO: saiba detalhes sobre o transtorno que é conhecido pelo forte desejo de furtar

Pouco conhecida na Paraíba, a enfermidade é capaz de causar impactos negativos na vida social do indivíduo

Arte: Marcelo Jr.
Arte: Marcelo Jr.

A cleptomania ou “roubo patológico”, é um transtorno mental que tem como características a dificuldade em conter impulsos, ou forte desejo de furtar. O sujeito cleptomaníaco não escolhe o objeto a ser roubado ou mesmo o valor, porque o desejo não é o objeto em si, mas a sensação que o furto lhe traz. Em sua maioria, se tratam de pequenas coisas a serem furtadas, até mesmo inutilizáveis.

Casos e sintomas registrados na Paraíba

De acordo com a Psicóloga, Danielle Sousa, não é muito comum o registro deste tipo de enfermidade no estado, porém, os casos que costumam chegar até os profissionais da saúde, são, segundo Danielle, disfarçados de outros transtornos:

“A mesma intensidade que o cleptomaníaco sente com a liberação de adrenalina, dopamina e outras substâncias neurotransmissoras, tem a mesma intensidade que a culpa.”

Entretanto, nas palavras da Psicóloga, ela chegou a atender uma paciente portadora dos sintomas de Cleptomania, com a seguinte descrição:

“Paciente do sexo feminino, 18 anos, chegou com a demanda de transtorno depressivo, no decorrer dos atendimentos e a confiança estabelecida no setting terapêutico, trouxe a paciente, a necessidade de falar sobre furtos. Ela relatava a sensação que tinha ao entrar no supermercado próximo de sua escola quase todas as tardes para furtar objetos pequenos, como esmaltes, saquinhos de amendoim ou simplesmente retirar os preços dos objetos nas prateleiras”, comentou Danielle.

Em depoimento para o Polêmica Paraíba, ela afirma que a alternativa encontrada para auxiliar a paciente foi de, afim de reduzir danos, ir um dia para furtar e no outro para devolver o que havia furtado, fazendo com que o transtorno não se intensificasse.

Tratamento

No caso apresentado, a intervenção de medicamentos foi necessária, além do auxílio psiquiátrico. Muitas vezes, a ingestão de antidepressivos e antipsicóticos se dá como meio terapêutico mais viável quando a enfermidade é acompanhada de outras comorbidades.

Importante ressaltar, que a Cleptomania não tem cura conhecida, mas é uma doença que já tem controle por parte dos profissionais da saúde mental, com o devido tratamento assegurado pelos psicólogos dispostos a fazer o acompanhamento.