O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou na quinta-feira (9) que não tem empatia pelos brasileiros vítimas de tragédias ambientais e que vivem em situações de calamidade. Não é uma surpresa, visto que em 2021, durante graves enchentes na Bahia, ele simplesmente ignorou a situação e foi andar de jet ski.
Internado para tratar de uma infecção na perna, Jair Bolsonaro foi às redes sociais para zombar do sofrimento do povo gaúcho e se aproveitar da tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul para questionar as teses sobre crise climática.
Para o ex-presidente, as “problemáticas climáticas” são “pura desinformação” utilizada “pela organização” (governo federal) com o objetivo de atingir um fim: tornar as pessoas dependentes do Estado.
A partir da lógica do ex-presidente Jair Bolsonaro, governos mais ricos obrigam os mais pobres a realizarem políticas ambientais para, dessa maneira, os mais poderosos manterem os governantes locais no poder. E qual é o custo disso, segundo Bolsonaro? “Escravizar ainda mais seu próprio povo”.
No entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro esqueceu de mencionar que sua gestão, segundo estudos e especialistas, foi inimiga do meio ambiente e registrou recordes de destruição de florestas.
Em artigo publicado na Fórum, a vereadora e militante do meio ambiente Iza Lourença (PSOL-BH) fez um compilado da herança maldita da gestão de Bolsonaro para o meio ambiente. “A ‘boiada’ ceifou as vidas de Bruno Pereira e Dom Phillips, renegou à fome as crianças Yanomami e deixou um legado de fome e destruição. Durante a pandemia em 2021, os assassinatos no campo subiram 75%, segundo a Comissão Pastoral da Terra. Via de regra, os assassinos permanecem impunes”, aponta a parlamentar.
A vereadora também lembra que, “além do desmatamento, os focos de queimadas e a extensão de área devastada por incêndios também batem recordes. Mesmo com a infame fake news de Bolsonaro de que a Amazônia ‘não pega fogo por ser úmida’, o Inpe registrou, neste ano, um aumento de 53% da área queimada na região e de novos 14% de focos de queimadas em relação ao ano passado, que também já era recordista”.
Em sua análise, Iza Lourença afirma que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, no que diz respeito às políticas de meio ambiente, pode ser classificada como “desmonte, arrocho orçamentário, desmoralização dos órgãos fiscalizadores e das políticas públicas de proteção ambiental”.
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