Neste dia 3 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, um momento para refletir sobre a importância do direito à livre expressão e à informação. Esta data, criada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), destaca o papel crucial dos profissionais da mídia na investigação e na disseminação de informações de forma independente e sem censura.
Na Paraíba, diversos jornalistas se destacam como defensores incansáveis da liberdade de imprensa e da democracia. Conheça um pouco da trajetória de alguns desses profissionais que lutam por uma comunicação justa e pela garantia do direito à informação.
Gonzaga Rodrigues
Natural de Alagoa Nova, Gonzaga é considerado um dos maiores nomes da crônica paraibana, com uma trajetória de mais de 60 anos dedicados ao jornalismo e à literatura. Começou sua carreira no jornal A União, onde exerceu diversas funções, desde revisor até diretor técnico. Em seguida, trabalhou em outros veículos de comunicação, como o Jornal da Paraíba. Ao longa da história, é conhecido como o ‘Rei da crônica paraibana’.
Também foi secretário de Comunicação e presidente da API-PB, contribuindo para o fortalecimento da imprensa e da cultura no estado.
Carlos Aranha
Uma das maiores referências entre os intelectuais do estado. Durante a Ditadura Militar no Brasil, viveu na clandestinidade por participar de movimentos estudantis de contestação ao regime autoritário. Presidiu a Associação Paraibana de Imprensa (API), onde coordenou o Movimento das Diretas Já, e foi editor de cultura dos jornais O Momento, O Norte, Correio da Paraíba e A União, onde editou o suplemento Caderno das Artes.
Adalberto Barreto
Natural de Catolé do Rocha, foi escritor em vários jornais do Estado, Adalberto esteve à frente da Associação Paraibana de Imprensa entre 1960 e 1964 deixando sua marca na história da Associação e na luta pela liberdade de imprensa.
Lena Guimarães
Lena Guimarães ocupou diversas funções no jornalismo paraibano. Foi repórter, redatora e chefe de reportagem do Jornal A União do Governo do Estado. Ela também editora dos cadernos de Cultura, Cidades, Economia e Política no Correio da Paraíba, editora-geral do jornal O Momento e repórter regional da Folha de S. Paulo e do Jornal do Brasil.
No governo de José Maranhão (2009-2010), exerceu o cargo de secretária Estadual de Comunicação. É reconhecida como uma das comunicadoras mais influentes da imprensa paraibana
Nonato Guedes
Natural de Cajazeiras, Nonato possui mais de 50 anos de anos de carreira jornalística. Com um currículo respeitado, que o credencia a atuar em importantes empresas de Comunicação Social do país. Começou a trabalhar com comunicação na Difusora Rádio Cajazeiras, como auxiliar de recepcionista. A partir daí, ele não se afastou mais dos veículos de imprensa.
Em sua bagagem, muitas histórias da época da Ditadura Militar, da instauração da Constituição de 1988. Como profissional, trabalhou no Correio da Paraíba, O Norte, A União, O Momento, Rádios Correio, Tabajara e Arapuan, TV Cabo Branco (locutor-entrevistador), revistas A Carta e Bastidores, sites RepórterPB, e atualmente, Os Guedes.. Foi editor em A União e Correio da Paraíba e superintendente de A União. Na Universidade Federal da Paraíba, foi redator da Reitoria, com passagens pela Assessoria de Comunicação e pela Editora Universitária. Foi vice – presidente e presidente da Associação Paraibana de Imprensa.
Biu Ramos
Natural de Santa Rita, Biu Ramos é teve que enfrentar muito preconceito para se firmar como jornalista. Em 1971, foi escolhido pelo então governador Ernani Sátyro para ser o diretor-geral de A União e os jornalistas mais vetustos se manifestaram contra.
O jornalista também foi o primeiro chefe de redação da Secretaria de Comunicação do Governo da Paraíba, em 1967, quando criou a estrutura de comunicação institucional utilizada até hoje. Biu Ramos também foi secretário de Cultura, Esportes e Turismo da Paraíba e diretor da Rádio Tabajara.
Enoque Pelágio
Natural de Timbaúba, Pelágio iniciou-se na comunicação em 1963, aos 19 anos, como coletor de notícias da extinta Rádio Arapuan, onde mais tarde viria a ter o programa de maior audiência da capital: o polêmico «Dramas e Comédias da Cidade». Pouco antes da Arapuan, o comunicador havia feito uma breve passagem pela Rádio Tabajara, de onde foi demitido por não falar inglês.
Recebeu várias homenagens ao longo de sua carreira, entre as quais um troféu da Associação Paraibana de Imprensa por sua contribuição ao jornalismo do estado. O comunicador foi detido uma vez e sofreu duas tentativas de assassinato por fazer denúncias contundentes contra os supostos autores.