Ídolo

30 anos sem Senna: após morte, registro de bebês 'Ayrton' cresceu 279% nos cartórios brasileiros

Ayrton Senna faleceu em 1º de maio de 1994, mas segue vivo no registro de 1.166 pessoas batizadas com o mesmo nome do tricampeão mundial

Foto: reprodução
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Ayrton Senna faleceu em 1º de maio de 1994, mas segue vivo no registro de 1.166 pessoas batizadas com o mesmo primeiro nome do tricampeão mundial ao longo da década de 1990. O número é 279% maior do que o registrado na década anterior, o que não deixa dúvidas: o ídolo e, posteriormente, sua trágica morte 30 anos atrás, motivaram a explosão de “Ayrtons” pelo Brasil, é o que mostra levantamento do Torcedores.com.

Metodologia

Para chegar a essa conclusão, o Torcedores recorreu aos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao Censo Populacional de 2010. Neles, é possível checar o número de registros de todos os nomes já registrados no país desde a década de 1930.

Homenagem ao ídolo

De acordo com o IBGE, o número de novos registros com o nome “Ayrton” se manteve estável entre 1930 e 1980. Cerca de 350 novos “Ayrtons” eram registrados no Brasil a cada dez anos. Um deles foi Ayrton Senna da Silva, registrado assim em São Paulo, no dia 21 de março de 1960.

Sem uma etimologia muito clara ou uma presença nos textos das diferentes religiões, como é o caso dos nomes bíblicos, Ayrton se manteve um nome pouco comum no Brasil até o surgimento de Ayrton Senna – para se ter uma ideia, cerca de 1 milhão de novos registros de “José” aconteciam a cada década, no mesmo período.

Entretanto, Senna aos poucos se tornou ídolo nacional, tricampeão mundial de Fórmula 1, e sua morte trágica, no Grande Prêmio de San Marino de 1994, foi o que faltava para a corrida aos cartórios pelo Brasil. Se havia uma maneira de homenagear a lenda, era registrando o filho com o nome de Ayrton.

Maior presença em São Paulo e em Roraima

Os dados do IBGE vão até a década de 2000 e revelam que, passada a maior comoção pelo trágico fim de Senna, a presença do nome nos novos registros pelo país voltou aos patamares anteriores: foi de 418.

Em outras palavras, existem grandes chances de você, ao se deparar com um Ayrton hoje, descobrir que ele está na casa dos 30 anos, talvez um pouco mais novo, talvez um pouco mais velho.

Dois estados se destacam quando o assunto é a presença de pessoas com o nome Ayrton: São Paulo e Roraima. De acordo com o Censo de 2010, eram 947 registros de “Ayrton” no estado do Sudeste. Já em termos de presença por 100 mil habitantes, “Ayrton” é mais forte em Roraima, com 3,77 registros a cada 100 mil habitantes.

A evolução no número de registros de “Ayrton” no Brasil

Antes da década de 1930 – 79

Década de 1930 – 324

Década de 1940 – 251

Década de 1950 – 325

Década de 1960 – 419

Década de 1970 – 240

Década de 1980 – 316

Década de 1990 – 1.166

Década de 2000 – 418

Fonte: Torcedores