Opinião

Campina Grande: Sem popularidade, Governo Bruno vai afundando - Por Gildo Araújo

É triste, mas é uma realidade. Desde o início de sua administração que o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) vem se defrontando com diversas situações as quais têm causado grandes repercussões.

Foto: reprodução da internet
Foto: reprodução da internet

É triste, mas é uma realidade. Desde o início de sua administração que o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) vem se defrontando com diversas situações as quais têm causado grandes repercussões, não só em Campina Grande mas em toda a Paraíba. Pois, como disse o cantor Gilberto Gil, “Campina é meio New York” (onde tudo que acontece causa repercussão no Estado).

Na parte administrativa, até que começou razoável com algumas ações implementadas, principalmente nos bairros mais periféricos da cidade, porém o que tem deixado mesmo a desejar é a sua falta de comunicação com os seus correligionários, e com a própria imprensa.

Esses episódios pareciam ser apenas a ponta do Iceberg, tendo em vista que existem situações muito mais profundas como o fato do prefeito campinense fazer questão de aumentar a adrenalina política da cidade quando, de forma abrupta, passou a optar pelo aceno ao senador Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto (MDB), adversário histórico, que entrou com força no governo Bruno, a ponto de escantear de vez todo o pessoal ligado politicamente ao deputado Romero Rodrigues Veiga (Podemos), que ajudou a lhe eleger.

Esse conjunto de desacertos repercutiu na Câmara Municipal, já que vários vereadores foram eleitos através do ex-prefeito Romero e com discurso contrário a Veneziano. Toda essa problemática vem causando enorme prejuízos ao gestor campinense, que assiste, sem nenhum poder de reação, o rompimento de vários vereadores de sua base política, que prefere ficar com o ex-prefeito e deputado Romero Rodrigues.

Ao mesmo tempo em que essa “bolha” de insatisfação foi crescendo, o grupo “romerista” ficou asfixiado pela pressão da gestão municipal, e iniciou uma rebelião silenciosa e estratégica para “minar” o governo de Bruno Cunha Lima.

E assim, ao avaliar todo esse contexto de “repressão política” dentro do próprio grupo que elegeu Bruno, observa-se nitidamente que o deputado Romero Rodrigues passou a dialogar com membros da oposição em Campina Grande, leia-se os Ribeiros (Daniella, Aguinaldo, Lucas e Enivaldo), o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), e o Secretário de Saúde do Estado, Johnny Bezerra (PSB), cujo o desfecho chegou até o governo João Azevedo, com quem Romero tem dialogado muito, inclusive, já traçando metas para 2024 e 2026.

Aliás, as conversas estão tão avançadas que o Diário Oficial do Estado já publicou a nomeação da senhora Betânia Lígia Araújo, tia de Micheline Rodrigues, esposa de Romero, para chefiar o Hemocentro de Campina Grande. Enquanto a aproximação entre o deputado Romero Rodrigues e o governador João Azevedo (PSB) torna-se uma realidade, em Campina Grande, Bruno sofreu mais uma esmagadora derrota na Câmara de Vereadores, quando os parlamentares campinenses decidiram cancelar o empréstimo que a Prefeitura havia solicitado junto a Fenplata no vultoso valor de US$ 52 milhões de (mais de 270 milhões).

Diante de todo esse cenário desfavorável ao prefeito Bruno Cunha Lima, é fatídico compreender que essa união entre as oposições na Rainha da Borborema com Romero Rodrigues tem tudo para triunfar nessas eleições e ainda tirar do páreo para as próximas eleições o prefeito Bruno e o senador Veneziano Vital, ou seja, “matar dois coelhos com uma cajadada só”.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba