Na confluência das praias de Tambaú e Manaíra, O Elite, bar e restaurante, se consagrou, durante décadas, como referência litorânea do roteiro do prazer e do turismo, em João Pessoa.
Agora, em seu lugar, existe um equipamento bem diverso, em tudo: uma agência do Banco do Brasil. Nada a ver com O Elite, nem com a famosa cabeça de galo, uma de suas peças de resistência.
Foi o primeiro equipamento turístico montado no extremo leste da cidade. Nessa conformidade urbana, se constituiu, durante algum tempo, como ponto final da linha de bondes que conduzia passageiros do centro de João Pessoa para a orla, democratizando o acesso àquelas famosas praias urbanas. Na sequência, os ônibus.
Por trás do empreendimento funcionou, até final da década de 1960, no intuito de atender banhistas e frequentadores, um equipamento então chamado de balneário, o qual, entre outras coisas, alugava calções e maiôs, possuía armários para a turma guardar roupas, e chuveiros, para tirar a água de sal da praia. O Elite conformava-se como parada estratégica para as boemias acompanhadas de violão.
A sua resistência possibilitou, de maneira paulatina, a chegada de outros empreendimentos semelhantes que, pouco a pouco, fizeram de Tambaú a principal parada turística da capital paraibana.
Um capítulo à parte da história do concorrido local foi escrito a partir da inauguração da famosa Boate do Elite, que funcionava ao ritmo frenético das discotecas, então em moda. Assim, se constituiu no representante pessoense mais importante na época da disc music.
O final da década de 1970 e início dos anos 1980 marcou, também, o auge e o declínio do O Elite, enquanto referência de lazer pessoense. Outros bares e restaurantes acabaram lhe roubando o brilho. Mas, com certeza, ali funcionou com grande furor parte do lado prazeroso da vida profana da cidade.
(A foto foi publicada no perfil joaopessoabrasil, do Instagram)
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba