Na antiga cidade de Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos na Grécia, a tocha que simboliza a unidade e o espírito esportivo foi acesa, marcando o prelúdio dos Jogos de Paris 2024. Em uma cerimônia tradicional e emotiva, a atriz grega Mary Mina personificou o papel de sacerdotisa, iluminando a tocha com uma chama reserva devido ao céu nublado. Esse momento não apenas representa o início do revezamento da tocha, mas também assinala o culminar de sete anos de preparação para os Jogos, que começarão em 26 de julho.
Paris, que já sediou os Jogos Olímpicos em 1900 e 1924, recebe a honra de ser anfitriã pela terceira vez. Este evento esportivo internacional traz consigo não apenas competição, mas também esperança e unidade em tempos de desafios globais. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou essa ideia, declarando que a chama olímpica é um símbolo de esperança em um mundo que necessita de união e inspiração.
No entanto, os preparativos para os Jogos de Paris têm ocorrido em meio a um contexto geopolítico tenso. O COI permitiu que atletas russos e bielorrussos participassem, mas como atletas neutros, uma decisão que gerou controvérsia e descontentamento em Moscou. Além disso, o presidente francês, Emmanuel Macron, exortou a Rússia a observar um cessar-fogo na Ucrânia durante os Jogos, uma solicitação que foi recebida com ressalvas pelo Kremlin.
A prática da trégua olímpica, uma suspensão dos conflitos armados durante os Jogos, remonta à Grécia antiga e destaca o poder unificador do esporte mesmo em tempos de adversidade.
O revezamento da tocha, um dos aspectos mais emblemáticos dos Jogos Olímpicos, começou com o campeão olímpico de remo grego Stefanos Ntouskos. A tocha passará por diversas mãos, representando a conexão entre os países participantes e culminará em Paris. O trajeto inclui um revezamento de 11 dias pela Grécia, com a chama sendo entregue aos organizadores de Paris em uma cerimônia no estádio Panatenaico, onde ocorreram os primeiros Jogos modernos em 1896.
A tocha então seguirá para a França a bordo do navio “Belem”, chegando em Marselha em 8 de maio, onde uma cerimônia aguarda a chegada da chama olímpica. Esta cidade, com raízes gregas, será o ponto de partida para a parte francesa do revezamento da tocha, que durará 68 dias e culminará com a cerimônia de abertura em Paris, em 26 de julho.
Assim, enquanto o mundo enfrenta desafios diversos, a tocha olímpica continua a ser um símbolo de esperança, união e o espírito atemporal dos Jogos Olímpicos, trazendo consigo a promessa de momentos de excelência esportiva e camaradagem global.