Investigação

John Textor e a manipulação de resultados no futebol brasileiro

O dono da SAF do Botafogo entregou as provas na última quinta-feira(11)

Reprodução: Internet
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Personagem cada vez mais frequente na mídia nacional, o americano John Textor vem fazendo sérias acusações a respeito do futebol brasileiro e da interferência dos árbitros no placar das partidas do campeonato. Nas últimas semanas, através de entrevista em um podcast via YouTube, afirmou que houveram juízes que não receberam propina, e com isso, não foram totalmente imparciais nos jogos.

Sobre o caso

A denúncia por parte do empresário, é referente aos anos de 2021, 2022 e 2023, além de que, garantiu, no último dia 1º, que a equipe do Palmeiras já vem sendo beneficiada há pelos menos duas temporadas. Logo depois, divulgou em seu site, uma nota, detalhando em quais jogos o time paulista foi favorecido.

Um exemplo de partida envolvendo o Palmeiras, foi contra o São Paulo, quando o tricolor foi goleado por 5 a 0, em outubro de 2023. Segundo a publicação do mandatário do Botafogo, pelo menos cinco jogadores do Soberano estariam envolvidos no esquema de manipulação de resultado.

“Um total de sete jogadores apresentaram desvios anormais em situações-chave de marcação de gols, embora apenas cinco tenham ultrapassado os limites que estabeleceriam provas claras e convincentes de manipulação do jogo”, indica o relatório.

Na ocasião, o São Paulo caracterizou, por meio de comunicado no dia 1º de abril, as acusações como “graves e infundadas”.

Em entrevista concedida à CazéTV, a Presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ressaltou que a plataforma utilizada pelo americano para discorrer sobre o caso é “irresponsável”:

“Quem quer fazer uma denúncia séria não fica indo em podcast fazer denúncias. Vá ao Ministério Público, apresente suas provas, é interesse de todos nós”, apontou Leila.

Entrega de provas

Na última quinta-feira(11), o dono da SAF do Botafogo entregou à Polícia Civil, as provas de manipulações de resultado no campeonato brasileiro que afirma ter em mãos. Textor disponibilizou arquivos, em formato de relatórios e imagens, neste momento, o material está em posse da Delegacia do Consumidor (Decon), além do Ministério Público, que continuam a investigar o caso.

Dentre as evidências, estão áudios de um suposto árbitro, que surge reclamando por não ter recebido o pagamento de sua propina, foram entregues para a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em seu depoimento concedido nas últimas semanas.