Deputados de oposição e situação se reuniram nesta segunda-feira (20) no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo (PSDB), e decidiram, por falta de detalhamento, adiar a votação do projeto de autoria do governador Ricardo Coutinho (PSB) que pede autorização para trocar a área onde está localizada a sede da Academia de Polícia, em Mangabeira, na Capital, por um terreno no conjunto Ernesto Geisel, que é de propriedade privada.
Para eles, faltou no projeto o mínimo de explicações necessárias para que o projeto pudesse ser devidamente avaliado na Assembleia. Um exemplo citado por eles foi a não especificação de quem produziu o laudo de avaliação terreno em questão. O presidente vai enviar um ofício ao Executivo pedindo o envio destas explicações.
Na última quarta-feira o governador enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei (o 277/2011) pedindo autorização para trocar a área onde está localizada a sede da Academia de Polícia, em Mangabeira, na Capital, por um terreno no conjunto Ernesto Geisel, que é de propriedade privada.
Apesar da matéria ter sido enviada na última semana de atividade parlamentar deste semestre, o Executivo parecia ter pressa em vê-la aprovada e em nome disso tentou executar uma ‘manobra’ com a bancada de situação, tentando fazê-la ser votada hoje.
O projeto de autoria do Governo do Estado tem alguns pontos controversos. De acordo com nota distribuída pela Secretaria de Comunicação, no domingo, ele prevê uma permuta entre o Estado e a Futura Negócios Imobiliários e o Manaíra Shopping.
O poder público cederia a área da Acadepol e, em troca, teria uma outra na BR 230, na entrada do Geisel. O governador alega que utilizará o terreno para construir novas sedes para academia, para o Instituto de Polícia Científica e para a Central de Polícia. Porém, não explica que o terreno de Mangabeira tem 80 mil metros quadrados, enquanto o do Geisel dispõe de apenas 43 mil metros quadrados.
Do Blog com Paraíba1