Declaração

Bolsonaro afirmou que poderia estar em outro país, em meio ao cerco da PF

Nesta segunda-feira (25), durante um discurso em São Paulo, Bolsonaro afirmou que tem visitado embaixadas pelo país, conversado com embaixadores e mantido relações com líderes estrangeiros.

Bolsonaro afirmou que poderia estar em outro país, em meio ao cerco da PF

Após ser alvo da Justiça devido à sua derrota nas eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sugerido a possibilidade de deixar o país, mas afirma que, por enquanto, essa opção está descartada.

“Eu poderia estar em outro país, mas optei por voltar para o Brasil, mesmo correndo riscos. Não tenho medo de enfrentar qualquer julgamento, desde que os juízes sejam imparciais”, declarou recentemente, em uma mensagem direcionada ao STF (Supremo Tribunal Federal), que está conduzindo investigações contra ele e seus aliados.

Nesta segunda-feira (25), durante um discurso em São Paulo, Bolsonaro afirmou que tem visitado embaixadas pelo país, conversado com embaixadores e mantido relações com líderes estrangeiros.

“Às vezes, esses líderes estrangeiros me ligam para que eu possa fornecer informações precisas sobre o que está acontecendo no Brasil”, disse o ex-presidente em um evento do PL, seu partido, na capital paulista. “Temos boas relações internacionais, e ainda mantenho contato com alguns líderes estrangeiros. Visito embaixadas pelo Brasil, converso com embaixadores. Meu passaporte está retido; caso contrário, estaria viajando para Israel com os governadores Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado”, completou.

A declaração de Bolsonaro foi feita logo após a Polícia Federal decidir investigar a informação de que o ex-presidente teria permanecido na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias após uma operação da PF que apreendeu seu passaporte. A notícia sobre a permanência na embaixada da Hungria foi divulgada nesta segunda-feira (25) pelo New York Times. Segundo o jornal, vídeos do sistema de segurança mostram Bolsonaro em frente à missão diplomática no dia 12 de fevereiro. Quatro dias antes, a PF havia apreendido o passaporte de Bolsonaro no contexto de uma investigação que apura uma suposta trama golpista liderada pelo ex-presidente para se manter no poder mesmo após a derrota eleitoral para Lula (PT). Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, e é alvo de investigações por parte da Justiça.