HIROSHIMA ERA NECESSÁRIO?

Marcos Tavares

Quando o Enola Gay lançou sobre Hiroshima o primeiro artefato atômico usado em combate, o mundo conheceu o medo. Mais de 140 mil pessoas foram mortas imediatamente, algumas vaporizadas pelo calor da bomba lançada a 6 de agosto. Outros milhares morreram ao longo dos anos, vítimas da radiação nuclear, um fenômeno até então pouco conhecido. Os Estados Unidos desenvolveram a bomba ainda em guerra com a Alemanha, mas com a rendição dos germânicos, decidiram lançar o artefato sobre o Japão que àquela altura lutava com seus últimos recursos e reservas, asfixiados pelo poderio militar e econômico dos americanos.

A história faz uma pergunta: a bomba sobre Hiroshima era necessária? O presidente Truman autorizou seu lançamento sob o argumento de que ela pouparia vidas humanas, vidas americanas é claro, perdidas num caso de invasão ao Japão continental. Mas há quem sugira que a bomba foi uma demonstração a Stalin do poder americano, já que o ditador russo se embrenhava Europa adentro e parecia querer dominar o mundo. Seja como for, a cidade de Hiroshima, poupada de bombardeios convencionais durante a guerra, acabou por servir de palco ao terror atômico.

Se a intenção de Truman era amedrontar os russos, ela falhou. Poucos anos depois, os russos explodiam igualmente sua bomba nuclear e logo depois, França, Inglaterra e outras nações já dispunham de armas capazes de destruir o mundo. O perigo era tanto que as nações propuseram um desarmamento bilateral, e tanto russos como americanos destruíram parte do seu arsenal atômico reduzindo seu potencial de fogo. Mesmo assim, as bombas existentes hoje no mundo são suficientes para varrer a humanidade do planeta e decretar o fim de nossa civilização.

Ministerial
Não teve jeito, o ministro Aguinaldo Ribeiro acabou arrastado para a vala comum do ‘Jampa Digital’. Escusando-se várias vezes de assumir o problema, dizendo que nunca pagou nem recebeu nada, o ministro teve um seu leal assessor, Erasmo Alex, contemplado com dinheiro vindo da operação.
Como ninguém é tolo para achar que esse assessor recebeu esse dinheiro graciosamente, foca-se no ministro, que é quem deve ser o destinatário da verba.
Coincidentemente também o assessor Erasmo possui empresas cujos endereços batem com os endereços empresariais do ministro. É muita coincidência para uma Jampa só.

Passado
Já o deputado Raniery Paulino afirma que vem recebendo ameaças para largar o caso Jampa Digital, inclusive a promessa de um alentado dossiê sobre ele.
Ele não disse de onde partem as ameaças nem quem constrói esse dossiê e muito menos se tem algumas coisas que não gostaria de ver revelada.
Só que nesse mundo digital da Jampa a confusão aumenta a cada dia e a tendência é que mais gente seja arrastada para a lama por conta de um serviço que nunca existiu.
Mas já deletou reputações.

Fortaleza
O pré-candidato Veneziano Vital se diz mais forte após as denúncias contra ele.
Então tá eleito. Denúncias não vão faltar.