Diante da pressão de ter a cada semana o risco de ver aprovadas as chamadas pautas-bomba do Congresso, com impactos fiscais, a presidente Dilma Rousseff iniciou um movimento para tentar aumentar este ano a média de emendas liberadas por parlamentar, principalmente para os aliados.
Se todas as promessas forem cumpridas, ou seja, se o governo liberar, de fato, os R$ 6 bilhões autorizados terça-feira pela presidente Dilma, os parlamentares terão R$ 10,1 milhões em emendas empenhadas (autorizadas para pagamento futuro) este ano, contra a média de R$ 7,5 milhões registrada ano passado.
Todos os anos, os 594 parlamentares apresentam emendas no valor de R$ 15 milhões para cada um, mas esse valor nunca é totalmente liberado pelo governo. A promessa feita nos bastidores aos parlamentares da base é que a cota para empenho — que está em apenas R$ 3 milhões por parlamentar até o momento, contabilizando os R$ 2 bilhões autorizados em junho —, dobre para R$ 6 milhões até a próxima semana. O empenho é a garantia de que um dia a emenda será paga. Se não neste ano, nos próximos.
Da redação com O Globo