Uma história em 30

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Marcos Tavares

Passados 83 anos da morte do presidente João Pessoa, já está na hora de – deixadas de lado as paixões – se escrever para as gerações futuras a verdadeira história do movimento. Na realidade, a chamada Revolução de 30 começou em 1922 quando os tenentes se rebelaram contra a República Velha, seus baixos soldos e o sucateamento das forças armadas. Daí em diante foi uma sucessão de sublevações que deixou sempre o tenentismo em linha de ponta nos movimentos nacionais. Assim, a morte de Pessoa foi apenas o gatilho esperado para contestar a eleição – legítima – de prestes e colocar os insurgentes no poder.

O grande artífice dessa façanha foi o também paraibano Assis Chateaubriand, que saiu de porto em porto exibindo o cadáver de Pessoa como um mártir da revolução, quando ele foi morto por questões meramente pessoais. Para Chatô, importava tanto ser o cadáver de João como o de Tutancâmon. Ele queria um mártir para aglutinar a insatisfação latente contra o governo federal que existia no Rio Grande do Sul e Minas. E conseguiu. Como Pessoa morto, Chateaubriand criou o clima necessário a uma revolta que culminou com Getúlio no poder e depois debandou numa ditadura asfixiante.

Mas essa é outra história e estamos em trinta, num Estado onde nomes e sobrenomes são velados como patrimônio sagrado e, por isso mesmo, até hoje não temos uma versão verdadeira dos tumultuados anos 30, seus antecedentes, suas vítimas inocentes, suas causas e efeitos. É preciso que se deixe a paixão de lado, que se sepultem os ódios e os amores para que a história afinal surja por mais dura ou ofensiva que ela possa ser a qualquer um dos lados em guerra.

Desvio
Somos originais. Pela primeira vez no Brasil, desde que o povo foi às ruas mostrar sua insatisfação contra o governo, a inflação e outros males, um partido político se aproveita dessa mobilização para fins eminentemente eleitorais.

A pequena massa que foi à Praça dos Três Poderes tinha uma função determinada pelo deputado Anísio Maia. Criar constrangimento para o governo com o Jampa Digital e afastar-se completamente do idealismo e do apartidarismo que norteava o movimento.

Foi pequena, miúda em número e gênero a presença popular, e as verdadeiras lideranças do movimento Passe Livre deveriam interferir nesse uso político do povo.

Tô Fora

Nonato Bandeira saltou de lado ao ser citado como o interlocutor paraibano de Duda Mendonça. Ele diz que já conheceu Duda quando ele já fora sacramentado pelo “financeiro” da campanha e apenas interveio na análise de peças publicitárias.

Como a fábula, parece que Nonato aprendeu também o pulo do gato e saltou fora desse indigesto angu que envolve política e caixa dois, antes que seja contaminado por ele.

Vai Falar

E agora, depois de todo esse bate boca sobre o Jampa Digital? Afinal, ele um dia vai ser exequível, vai funcionar? Ou vai permanecer sempre como o símbolo de um dinheiro perdido?

Julgamento 

O TCE decidiu pela legalidade na troca de terrenos da Acadepol com base nos princípios da razoabilidade e da coisa julgada. A matéria havia sido considerada legal pelo TC e aprovada pela Assembleia da qual Anísio faz parte.

Julgamento II

O ataque a órgãos de controle como TCE e TCU faz parte da estratégia nacional adotada pelo PT para esvaziar qualquer forma de controle.

É a mesma estratégia que quase emplaca a PEC 37, se não fosse o olhar agudo do povo.

Silêncio

Retumbante o silêncio de Agra e Luciano sobre o caso Jampa Digital.

Agra foi gestor durante a segunda fase de implantação do programa e Cartaxo é o atual prefeito. Ninguém tem nada a ver com nada?

Muda que eu gosto

Saúde pública da Paraíba vai atender quem quiser mudar de sexo gratuitamente.

Esse, sem dúvidas, é um dos graves problemas de nossa saúde…

Pobreza

O ex-Lula diz candidamente: se nossos médicos não quiserem ir para o sertão, a gente arruma médico em outro lugar.

Tudo com a simplicidade típica dos pobres de espírito.

Frases…

Badalando – Quem vive em balada acaba levando bala.

Animalesco – O problema dos direitos humanos é que às vezes eles querem defender animais.

Junino – Quadrilha em Brasília rola o ano todo.