O que nos espera?

Marcos Tavares

Como todos os brasileiros, vibrei quando vi o povo nas ruas cobrando o que lhe é devido. O povo fez a sua parte. Se o governo não ouviu não é culpa nossa, se ouviu errado e em lugar de moralidade entendeu plebiscito também não nos cabe o ônus.Mas, desde a primeira manifestação uma pergunta me assusta: O que virá depois disso? Qual será o caminho depois que descobrirmos que a política não pode ser exercida pelos políticos; que os gestores, na sua maioria carecem de honestidade de propósitos e só visam meter a mão no dinheiro público?

Tenho muito medo de onde nos levará essa pergunta, porque só existe um caminho alternativo para a democracia: a ditadura, um caminho que já eAdicionar Novoxperimentamos e que não se mostrou satisfatório. Há antes de qualquer coisa, uma crise de moralidade. Ninguém acredita mais em ninguém, ninguém confia em ninguém, partidos, nomes, propostas. De repente nivelou-se tudo por baixo e de Lalau a Lula nem as letras mudam. Vemo-nos diante de um estado de coisas onde escolher é difícil, arriscado, temeroso.

Para onde marcharemos depois que afastarmos – se conseguirmos – essa malta que insiste em se locupletar da coisa pública? Desvios existem da Suécia ao Gabão, mas não com a proporção endêmica daqui do Brasil, onde rouba do gari ao presidente, passando por todos os escalões do poder. Tenho medo do caminho que essa desilusão nos apontará, pois é muito perigoso quando o povo deixa de acreditar em soluções democráticas e procura outras vias de governo.

Delírio
Vez ou outra falo dos delírios que acometem nossa pobre e ensolarada Paraíba. Deve ser mesmo o sol quente na moleira que causa essas alucinações.
Uma delas, cantada em verso e prosa pela imprensa era o petróleo de Sousa. Iríamos nos transformar na nova Arábia Saudita e vender o óleo aos gringos. Até preço de terreno em Sousa alcançou preços estratosféricos.
Chegou a realidade. A última empresa que prospectava petróleo na região de Sousa desistiu, e desistiu por absoluta falta de petróleo na área. Foi mais um dos delírios que nos acometem sazonalmente e que depois esbarram na cruel realidade.
Falha
Gritante, até mesmo para leigos, a falha da equipe de segurança que acompanhava o papa Francisco no caminho ao Palácio do Governo do Rio. De repente o automóvel do Papa ficou cercado pela multidão isolado dos batedores e completamente aberto a um atentado.
Imagino o que não devem ter sofrido os responsáveis no Vaticano pela segurança papal ao ver essa ratada primária que expôs uma das autoridades mais visadas e emblemáticas do mundo à morte.
Não vale dizer que Papa quis estar junto ao povo. Cabe à segurança inclusive desobedecer ao Pontífice pela sua integridade.
Exemplo

Brizola não conseguiu mais nada na política brasileira depois que elegeu a Globo como inimiga número um do Estado nacional.
Convenhamos que é estranho admitir que uma afiliada de um estado pequeno como a Paraíba consiga nortear o jornalismo de programas nacionais. É demais!
Tático
Não foi absolutamente tático por parte da Comunicação do governo sair batendo na PF e seus delegados.
Isso reforça o espírito de corpo da polícia e quem investiga com raiva investiga melhor.

Grana
Como igualmente não foi tático por parte da secretária Estelizabel trazer à tona gastos publicitários de outros governos.
O que está sendo contestado é seu período de gestão. O resto é história.

Vendaval
O vice Rômulo Gouveia começa a experimentar o que é o vendaval de uma campanha para senador.
Da canela pra baixo tudo é bola e vale chutar.

Cultural
Numa hora em que o povo pede austeridade, fica ruim criar mais uma secretaria municipal.
Por isso a cultura do município vai se virando com a Funjope.

Faz-me Rir
O bochicho da área midiática é a agência RI.
Proprietários, sócios, amigos, todos rindo à toa.
Frases…

Crack – Quem com muitas pedras bole, uma lhe faz a cabeça.
Divino – Se o Papa não resolver a crise nacional, só mesmo chamando Cristo de volta.
Ilegal – A pior forma de ilegalidade é a feita dentro da lei.