Romero reassume e anuncia minirreforma

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Nonato Guedes

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), deverá reassumir o cargo hoje depois de cumprir licença, sem vencimento, por quinze dias, período que aproveitou para viajar ao exterior com a família. O cargo passou a ser exercido pelo vice, Ronaldo Cunha Lima Filho, a quem coube encerrar a promoção do “maior São João do Mundo”. No ato de transmissão, Romero enfatizou o caráter simbólico da homenagem a “Ronaldinho”, cujo pai, o poeta Ronaldo Cunha Lima, falecido há um ano, deu dimensão aos festejos juninos da cidade Rainha da Borborema. “Nestas duas semanas em que tive a honra de comandar a prefeitura, não houve solução de continuidade. Procurei levar à frente os projetos em execução e tomar providências em eventuais casos urgentes”, relatou “Ronaldinho”, dizendo que foi uma experiência válida e que se sentiu honrado em ascender ao posto.

Entre as prioridades de Romero no seu retorno, consta a realização de uma minirreforma no secretariado municipal. Ele já havia dito que as mudanças são naturais para otimização de resultados e composições que julga necessárias e que iria refletir sobre remanejamento de nomes durante as férias dentro da filosofia de fazer avançar programas que considera essenciais na gestão campinense.

Especula-se que o suplente de vereador João Dantas (PSD) deixe a secretaria de Ação Social para ocupar uma cadeira no legislativo campinense, passando a vereadora Ivonete Ludgério (PSB) a exercer a pasta. O prefeito avalia, também, a possibilidade de criar uma Controladoria do Município. Embora pretenda que a Controladoria seja um órgão enxuto, aproveitando servidores concursados, Rodrigues quer se inteirar sobre a repercussão financeira da pasta.

A CGM teria como prerrogativa a defesa do patrimônio público, além de planejar, desenvolver e executar ações de controle interno atinentes à melhoria da qualidade na aplicação dos recursos públicos, promovendo, também, ações de auditoria que forem necessárias. O chefe do executivo de Campina Grande salienta que tem procurado agir com prudência e equilíbrio à frente da condução da máquina, adequando-a aos desafios impostos pela legislação e, sobretudo, às limitações financeiras que condicionam iniciativas administrativas. Lembrou que a crise municipalista continua afetando seriamente as prefeituras e considera que as medidas reclamadas tendem a ser proteladas. “A verdade é que o pacto federativo é peça de ficção e não há uma distribuição melhor de recursos para que os entes menores correspondam aos desafios que lhes são delegados pelo poder central”, enfatiza.

Ronaldo Filho, por sua vez, passa ao largo de discussões em torno de projeto político pessoal para o pleito do próximo ano. Ele disse que qualquer comentário a respeito é precipitado, diante do cenário de indefinições que se registra a nível nacional. A seu ver, os governantes, de um modo geral, estão preocupados em priorizar questões administrativas, articulando-se com respectivas bancadas para que o Congresso Nacional acelere o equacionamento de demandas que estão na ordem do dia da administração pública. “O debate político deve ser tratado no momento oportuno”, salientou o advogado e empresário.