Daniella diz que PB precisa trabalhar muito para mudar números da violência contra mulheres

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A deputada Daniella Ribeiro (PP) usou a tribuna nesta terça, 16, na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, e apresentou os principais números da Paraíba no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que promoveu um amplo Raio X da Violência contra a Mulher em todo o país.

Segundo a deputada, os números são alarmantes. “O relatório aponta que dentre os 84 países do mundo, o Brasil ocupa a sétima posição com uma taxa de 4,4 homicídios, em 100 mil mulheres, atrás apenas El Salvador, Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia e Colômbia. Além disso, nos últimos 30 anos foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres, sendo que 43,5 mil só na última década”, contou.

O cenário na Paraíba é extremamente preocupante. “O nosso Estado ocupa o quarto lugar no ranking nacional da violência contra a mulher, atrás apenas dos estados do Espírito Santo, Alagoas e Paraná. Além disso, o relatório constatou a mostrou a fragilidade do sistema de estatísticas do Estado e a necessidade de ampliar a rede de atendimento às vítimas, que hoje está praticamente concentrado na Região Metropolitana da Capital”, destacou a deputada Daniella Ribeiro.

Outro dado que precisa ser tratado com mais responsabilidade, de acordo com a deputada, é que João Pessoa se apresenta como a segunda capital onde mais se matam mulheres (atrás apenas de Vitória – ES), com uma taxa de 12,4 homicídios para cada 100 mil, mais do que o dobro da média nacional, que é de 5,4 homicídios p/ 100 mil mulheres.

“Não há dúvidas de que a nossa posição no ranking é vergonhosa. É indiscutível, de igual modo, que há muito a fazer para que possamos melhorar a assistência que prestamos e, via de consequência, os nossos números. Entretanto, afirmo que é possível mudar esta realidade. Para isso, é preciso compromisso com as mulheres, orçamento digno para ampliar os equipamentos de proteção e descentralizar as ações. O trabalho é intenso, mas como o empenho de todos, podemos reverter este cenário”, enfatizou a deputada.