Trabalhadores prometem parar em manifestações

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Trabalhadores de todo o país participam, hoje, de mobilização em todo o país para defender bandeiras de luta de interesse da sociedade. Em João Pessoa, a estimativa é de que 10 mil pessoas se engajem aos protestos e mais cinco mil em Campina Grande. Alguns serviços serão afetados, como comércio, universidades e, provavelmente, agências bancárias. A CUT-PB informa que o movimento tem a adesão de oito centrais sindicais e de profissionais da construção civil, bem como portuários, ferroviários, professores e servidores de universidades, bancários, jornalistas, funcionários de órgãos públicos e da indústria têxtil.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas de João Pessoa recomendou o fechamento dos estabelecimentos comerciais a partir das 14h. Na praça Rio Branco, movimentos ligados aos direitos humanos deflagrarão protestos. Todos deverão convergir para o Parque Solon de Lucena, caminhando até o terminal rodoviário e concentrando-se na praça dos três poderes. O presidente da CUT, Paulo Marcelo de Lima, ressaltou a importância do movimento, frisando que os trabalhadores não devem temer represálias. “As pessoas querem defender suas bandeiras de luta e acredito que as empresas não vão perseguir”, destacou ele. Na lista de reivindicações constam redução da jornada de trabalho, destinação de 10% do PIB para educação, 10% do orçamento da União para saúde, transporte público de qualidade, reforma agrária, fim do fator previdenciário e apoio ao plebiscito para a reforma política.

O Sindicato dos Bancários orientou a categoria a participar da manifestação. Em Campina Grande, além das reivindicações gerais, os manifestantes lutam pelo Passe Livre e pela Lei de Gestão Pactuada no município. Seis centrais sindicais estarão mobilizadas naquela cidade e constará da pauta, também, a transposição das águas do rio São Francisco. As autoridades externaram apenas a expectativa de que as manifestações sejam pacíficas, para que não ocorram conseqüências decorrentes de atos de baderna. Em São Paulo, um dos grandes focos de manifestação, calcula-se que 750 mil pessoas ficarão sem ônibus, devido ao fechamento de 29 terminais já anunciado por organizadores dos protestos. O porto de Santos, o maior do país, esteve com as atividades parcialmente paralisadas ontem por causa do protesto de estivadores contra a reforma portuária. Os trabalhadores contestam o artigo que desobriga os terminais privados de contratá-los pelo órgão Gestor de Mão de Obra, constituído pelos operadores e portuários.