Mesmo tendo anunciado um pacote de bondades a administradores que participam da Marcha dos Prefeitos em Brasília e depois de ter sido aplaudida de pé em sua entrada e no início da fala, pelos presentes na platéia, a presidente Dilma Rousseff enfrentou vaias de prefeitos descontentes pela omissão quanto à revisão do Fundo de Participação dos Municípios, reivindicada pelos gestores.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, um dos articuladores da mobilização, deu um puxão de orelhas nos prefeitos após a saída da presidente do recinto. “Parece que somos uma manada irracional. Para que vaiar? O que se ganha com isso? Eu sou o maior bronco do governo, vocês sabem como é que é”, ressaltou o dirigente da CNM. No discurso, Dilma havia anunciado mais recursos para educação e saúde, no valor de R$ 3 bilhões, a serem repassados em duas parcelas. Também anunciou a implantação da verba do Programa de Atenção Básica em R$ 600 milhões ao ano. Anunciou, ainda, que a partir de agora todos os municípios abaixo de 50 mil habitantes podem acessar o programa Minha Casa, Minha Vida, o que Ziulkoski considerou um paliativo. O presidente da CNM vinha trabalhando para garantir o repasse de 2% do Fundo de Participação dos Municípios e queixou-se que foi anunciado apenas um repasse de 1,3%. “Só que em vez de ser perma nente, nos vamos lutar para que seja emergencial.
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Ele declarou que não há milagre na administração pública. “O que nós precisamos é fazer um esforço muito grande para atender aquilo que é emergencial”, disse. Na edição do ano passado, Dilma também foi vaiadapelos prefeitos. Na ocasião, ela discursava na abertura do evento e falava sobre a divisão das receitas de royalties do petróleo, um dos temas sensíveis na pauta dos prefeitos. Depois, a presidente chegou a falar de dedo em riste com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
