Paraíba terá 107 médicos no programa do governo

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou, ontem, a relação dos municípios que terão prioridade no programa Mais Médicos, do governo federal. Na Paraíba, 107 cidades serão classificadas como de maior vulnerabilidade social e com carência de profissionais da saúde. Serão 1.024 municípios priorizados para receber investimentos em infraestrutura e profissionais, na região Nordeste. Para selecionar e levar os profissionais a essas regiões, o governo federal lançou três editais: um para a atração de médicos, outro para a adesão dos municípios que desejam admiti-los e um último para selecionar as instituições supervisoras.

Será aceita a participação de médicos formados no Brasil, que terão prioridade no preenchimento das vagas e também a de graduados em outros países, com preferência para brasileiros. Os estrangeiros só ocuparão as vagas remanescentes após a escolha destes dois grupos. Na opinião de Alexandre Padilha, levar os médicos para as periferias e regiões do interior pode resolver até 80% dos problemas de saúde da população, mesmo que ainda haja deficiências na infraestrutura das unidades de saúde desses locais. “Temos que acabar com essa vsão de que saúde só se faz dentro de hospital. A atenção básica com qualidade, com médicos bem preparados para acompanhar o paciente, resolve 80% dos problemas de saúde da população. Isso é importante para reduzir a lotação dos hospitais regionais. O sistema que está centrado no hospital é um sistema doente. Com os médicos presentes no interior, eles podem dar apoio a centros de especialidades, trabalhar atravà ©s da telemedicina e dar suporte aos hospitais de referência”, explicou.

Alexandre Padilha disse que o governo federal está “muito seguro” da validade jurídica do programa Mais Médicos. Ele rebateu críticas feitas por entidades médicas, entre elas a relativa à criação do segundo ciclo do curso de Medicina, medida que condiciona o recebimento do diploma à atuação, por dois anos, de alunos que entrarem nesse curso a partir de 2015 no Sistema Único de Saúde. As entidades de classe avaliam que essa mudança é uma exploração do profissional da saúde. “Não só o ministério da Saúde, como a Advocacia Geral da União, Casa Civil e todos os ministérios envolvidos estão muito seguros da constitucionalidade das medidas. Agora, o momento é o do debate no Congresso Nacional”, pontuou Padilha.