Risco de disseminação

foto

Arimatea Sousa

 

Negociação iniciada
O prefeito Romero Rodrigues teve ontem uma audiência com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho, para tratar dos sucessivos bloqueios de contas bancárias da PMCG – 17% da receita total mensal -, determinados pelo governo federal.
“A reunião foi boa para abrir possibilidades de encontrar meios de renegociar a dívida”, avaliou posteriormente o ´tucano´.

´Pente fino´

Conforme o prefeito, Augustin solicitou um “levantamento completo” da origem do débito com identificação dos credores, para poder analisar as possibilidades de renegociação.
“Estou mobilizando todo o pessoal, a Secretaria de Finanças, a Seplan, a Procuradoria, mas isso demanda tempo”, observou Romero.

Noutra frente
A PMCG, através da Procuradoria Geral do Município, também está buscando suspender os bloqueios judicialmente.
“Entramos com uma ação sexta-feira e vamos entrar com outra para recalcular”, avisou o prefeito.

Precedente
O Conselho Nacional de Justiça julgou improcedente o recurso do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal da Paraíba para anular a reeleição do presidente do TRE-PB, desembargador Marcos Cavalcanti.


Calado

O cantor Gilberto Gil evitou conceder entrevistas na sua passagem por Campina, no final de semana.

Deturpação
Na edição de ontem, esta coluna publicou vários tópicos acerca dos festejos juninos campinenses. Apenas um deles referente à líder do Governo na Câmara, vereadora Ivonete Ludgério (PSB).
Os demais foram de responsabilidade do colunista. Nas redes sociais, deliberadamente, todos foram atribuídos à parlamentar.

Reavaliação
A Câmara Federal vai submeter a uma nova avaliação médica os ex-deputados federais aposentados por invalidez.
A iniciativa, sugerida pelo deputado Ruy Carneiro (PSDB), foi destacada no Fantástico da Rede Globo.

Assanhou
Coube ao sempre sensato ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, chamar publicamente o feito à ordem: “A presidente Dilma agravou a situação. Mexeu com quem estava quieto (a Constituição)”.

Natimorta
A proposta de Dilma de convocar uma ´Constituinte Exclusiva´ para tratar da reforma política não resistiu a um luar completo, e 24 horas após a sua divulgação teve que ser jogada na gaveta, tal foi o bombardeio no campo jurídico e político.


Desvio

Restou a sensação de que a intenção era trazer à tona um tema complexo e polêmico, conveniente para desviar o foco e a pauta do país, atualmente mirados nos protestos populares que não cessam.

Didático
Volto a Ayres Britto: “A Assembleia Constituinte atua fora dos marcos da Constituição, porque o seu objetivo é matar a Constituição; é enterrar a Constituição. Toda convocação de Assembleia Constituinte significa sentença de morte, o dobre de sinos da Constituição que esteja em vigor”.

Conversa direta
Para o prefeito Luciano Cartaxo (PT-JP), a reunião de 2ª feira da presidente Dilma com prefeitos e governadores possibilitou “um diálogo franco e aberto”.

Dor de cabeça
“A mobilidade urbana é o grande problema do Brasil inteiro”, assinalou o petista.

Ampliação
“As conversas ocorreram de maneira muito democrática. E vamos incorporar num grande debate os setores organizados da sociedade”, enfatizou Cartaxo em entrevista à TV Cabo Branco.

Desnecessária
Em declarações à ´Campina FM´, ontem, Ricardo Coutinho comentou a reunião da véspera com Dilma.
“Não precisa de Constituinte para fazer uma reforma política. No máximo, um plebiscito”, salientou RC, o que acabou se configurando.

Sufocados
Ele renovou o alerta de que “estados e municípios não aguentam mais a sobrecarga de atribuições com apenas 25% dos recursos arrecadados no País”.
“É inadiável um novo pacto federativo”, sublinhou.

Diagnóstico
Pessoalmente, Ricardo entende que essa série de protestos representa “um estado de insatisfação da população para uma série de motivos”.
Ele identifica por trás desses fatos “uma crise profunda da democracia representativa, e a negação dela”.

 

Sem respostas

O governador avaliou que o repúdio popular “pode avançar para todos os poderes constituídos, que não conseguem dar respostas concretas e diretas às novas gerações”.
A saída – para ele – é superar a crise “com transparência e um grande diálogo nacional. Isso para o PSB é fundamental”.


O Brasil não é o Olodum, mas “pirou de vez”…