Bruno Filho
Estou ansioso demais para que haja o mais rápido possível o esperado confronto entre Brasil e Espanha. As indicações apontam que esta poderá ser a final da Copa das Confederações, aonde o Brasil busca o tetra-campeonato e joga dentro de casa. A tendência é que ambos passem nessa primeira fase em primeiro lugar de seus grupos e que possam vencer as semi-finais. Nada garantido, mas muito provável.
Estou cansado desta tal posse de bola, que hoje serve de chacota relatada pelos nossos locutores esportivos, pois assim como o Barcelona, a seleção ibérica tem mantido um número parecido com 70%, tempo em que fica trocando passes de lá para cá, e envolvendo o adversário até que ele caia na rede e ceda espaço para as estocadas finais.
Não é por acaso que a “Fúria” perdeu seu último jogo oficial na Copa do Mundo da Africa, especificamente a primeira partida da competição contra a Suiça, mesmo assim foi a campeã daquele ano e em seguida conquistou o bi-campeonato da Eurocopa. Até então, imbatível e passando por grandes adversários em finais como a Alemanha, Holanda e Itália, pela ordem cronológica.
Mas, não enfrentou o Brasil, e queira ou não Brasil é Brasil. Não é para muitos de nós, inclusive para mim, mas é para a maioria dos que acompanham futebol pelo mundo. Quero ver colocar o Brasil na “roda”. Se isso acontecer aí sim acreditarei que temos um super, hiper, mega time de futebol. Quero ver e constatar contra nós que Iniesta dará 120 passes certos e errará apenas 5, quero ver tudo isso.
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Não sou “Pacheco”, nunca fui, mas reconheço que tem um momento que o coração bate mais forte. Não deveria, mas bate. Então que venham os toureiros, e que se lembrem que nós não somos e nunca fomos touros de ninguém, somos penta-campeões do mundo, temos o maior artilheiro de todas as Copas e o melhor jogador do mundo de todos os tempos.
Jogaremos no templo sagrado do futebol mundial mesmo que tenha sido descaracterizado, e lá quem manda somos nós. Não vejo a hora ! quero que ” vienga el toro…mas em forma de bife…” essa é uma antiga brincadeira de minha mãe que misturava este portunhol castiço, ironico, pois eles sempre foram nossos grandes fregueses. Será agora diferente ?
Lá dentro mesmo cantamos em mais de 180 mil vozes ” Touradas de Madrid ” e se eu fosse do comitê que organiza deixaria preparado o mesmo velho disco de vinil para que no encerramento pudessemos relembrar aquele dia histórico do Maracanã. Não se trata de provocação, trata-se de Brasil e quando se fala em Brasil nunca se deve brincar.
Eu quero bater…voce quer bater…mas ninguém quer que batam em seu filho, mesmo que levemente, e o pior ainda, ninguém quer ver seu pai ou sua pátria-mãe apanhando, mesmo que todos que ali estiverem sentados, estarão sentados em cadeiras super-faturadas que encheram os bolsos de alguém que eu não sei quem é e nem quero saber, e espero que nem assistam ao jogo. Vão gastar o dinheiro podre longe do gramado, do rádio e da televisão.
Venham e abram os olhos ! Brasil é Brasil
