Os pais dos pobres

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Marcos Tavares

Tremo de medo sempre que ouço falar em pais da pobreza. É que a história brasileira e mundial costuma mostrar que esses pais dos pobres acabam sempre se eternizando no poder, usam a miséria como escada para atingirem seus objetivos nem sempre muito democráticos. Foi assim com Mussolini, Perón e nosso Getúlio. Todos três se entronizaram como o protetor das classes mais humildes, como os paladinos da justiça e igualmente todos três tentaram manter o poder sem limites acabando em ditaduras policialescas.

Esse tem sido o caminho palmilhado pelo companheiro Lula e agora por sua substituta Dona Dilma, uma política de forte cunho social, que à medida que prestigia os descamisados investe contra as forças produtivas do país como se ter sucesso, ganhar dinheiro, ser milionário fosse um crime. Esses personagens sabem ler bem os anseios populares, e no trinômio casa própria, barriga cheia e circo garantidos eles alicerçam seus programas no intuito de tornar igualitária uma sociedade que naturalmente será sempre composta de classes diferentes.

A pobreza existiu e sempre existirá. O que não deve ser tolerado é a miséria, a absoluta falta de meios para sobreviver, mas sonhar com uma sociedade onde não exista estratificação sempre esbarra no ‘Grande Irmão’, na ditadura e na perpetuação do poder. Os pobres sabem disso, como o sabe bem a classe média nacional chamada a pagar com seu trabalho toda generosidade governamental, flutuando entre as elites ricas e a pobreza absoluta sem fazer parte de uma nem de outra categoria.

Cansaço

O povo vai às ruas no Rio de Janeiro e São Paulo não para lutar contra centavos numa passagem de ônibus. O povo quer mais. Mais responsabilidade dos seus governantes, mais segurança, mais saúde e educação.

O povo quer menos impunidade, menos burocracia, menos discurso e mais ação, e aproveitando um aumento insignificante na passagem dos coletivos externa seu desagrado enfrentando a polícia e depredando bens comuns.

Não é uma atitude elogiável a do povo, mas é explicável num país onde tudo anda às avessas e o crime é não só perdoado como louvado.

É contra esse somatório de desordens e caos político e administrativo que o povo está indo às ruas.

Lealdade

Rômulo Gouveia endurece o discurso e exige lealdade de Cássio Cunha Lima para sua candidatura ao Senado.

Rômulo talvez esqueça que lealdade é uma via de duas mãos e que Cássio, por um programa político mais vasto, pode precisar apoiar outro nome para o Senado.

Até porque, sem o apoio do grupo Cunha Lima, Rômulo não vai ter facilidades para conseguir essa única vaga de senador que está sendo disputada a ferro e fogo.

Falso

Polícia Federal alerta para a onda de dinheiro falso que começa a circular na Paraíba.

Algumas falsificações são grosseiras, mas passam pelas mãos dos que não têm atenção.

Baixando

A família Cartaxo repensou a atualidade política e pode decidir que Lucélio, irmão gêmeo do prefeito, vá mesmo disputar a eleição estadual.

Assim evitaria briga com políticos mais antigos no ramo.

Roubo

Inspeção do TCE-PB feita pelo Conselheiro Fernando Catão comprova que existe roubo d’água nas Várzeas de Sousa.

Não precisa apenas disponibilizar a água. Ela tem de ser vigiada.

Pane

A nossa brava Oi vive mais em pane do que funcionando.

E parece não temer o Procon, nem suas penalidades.

Injeção

Governo e prefeitura injetam uma boa dose de dinheiro na economia com o décimo-terceiro salário.

Milho mais farto para os barnabés.

Briga

As diversas facções do PT paraibano preparam as facas para a batalha.

Não contra outras legendas, mas a batalha interna.

Frases…

Idealizando – Algumas pessoas nunca mudam de ideia. Já algumas ideias mudam as pessoas.

Demoníaco – Os santos são coletivos, mas os demônios são individuais.

Povo – Todo coletivo é dócil e manobrável.