PSB mapeia candidatos que fortalecerão legenda

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O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, informou que o partido pretende fazer um mapeamento de candidatos competitivos a deputado estadual e federal em 2014, dentro da estratégia de fortalecimento da candidatura do governador Ricardo Coutinho à reeleição. Embora ele não tenha mencionado nomes, já circulam no rol de postulantes os nomes da secretária de Comunicação do Estado, Estelizabel Bezerra, que foi candidata a prefeita de João Pessoa em 2012 e ficou em terceira posição, o da secretária de Finanças, Aracilba Alves da Rocha e o do gerente executivo de obras do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, no âmbito estadual, Ricardo Barbosa.

No quadro de auxiliares da administração de Coutinho, figura, também, o secretário de Infraestrutura, Efraim Morais, presidente do diretório regional do Democratas, que, no entanto, não definiu o mandato que poderá vir a disputar no próximo ano. Ele teve uma trajetória como deputado estadual, deputado federal e senador, tendo ocupado a vice-presidência da Câmara e a primeira-secretaria do Senado. Na disputa de 2010, não logrou reeleger-se ao Senado, até porque o cenário de candidatos era bastante pulverizado. Mas o secretário, que tem um filho deputado federal, não pendurou as chuteiras e pode vir a constar da própria chapa majoritária, dependendo da evolução dos entendimentos. Ricardo Barbosa chegou a se candidatar a deputado estadual, ficou numa suplência e assumiu a titularidade na gestão de Cássio Cunha Lima. O secretário Adriano Galdino, da Casa Civil, deverá postular a reeleição à Assembléia Legislativa, e o próprio Edvaldo Rosas é cogitado para entrar no páreo. Atualmente ele é suplente de deputado federal.

Quanto aos rumores de que a primeira-dama do Estado, jornalista Pâmela Bório, possa concorrer à Câmara ou à Assembléia Legislativa, que chegaram a ser veiculados em portal noticioso nacional, há dúvidas sobre as suas condições de elegibilidade por conta do vínculo matrimonial com o governador, que disputará a reeleição. Os socialistas avaliam que a campanha de 2014 será a oportunidade para o governador formar uma bancada de confiança, sobretudo, na Assembléia Legislativa, superando os problemas de instabilidade que tem enfrentado na atual legislatura quanto à maioria para aprovação de matérias de interesse do Executivo. Na lista dos aliados de Coutinho figura igualmente o seu líder na Assembléia, deputado Hervázio Bezerra, que está filiado ao PSDB mas poderá tomar outra opção partidária dentro do prazo legal de filiação. Hervázio já confessou certo incômodo com divergências internas verificadas no ninho tucano. Embora essas divergências tenham sido mais intensas até recentemente, o parlamentar deseja se sentir num ambiente mais confortável, pelo que deu a entender.

Na preparação para a disputa do próximo ano, Edvaldo Rosas anuncia que o PSB deverá promover, este ano, cursos de formação política para orientar gestores, como prefeitos e vice-prefeitos, além de vereadores e outras lideranças políticas, dentro da filosofia de unificar a linguagem e fortalecer a legenda em diferentes municípios do Estado. Para ele, os êxitos administrativos que estão sendo alcançados pelo governo estadual, vencidos os obstáculos iniciais, serão decisivos na construção de bancadas competitivas, reforçadas por candidatos de outros partidos que estão na coalizão governista. Além dos cursos de formação política ocorrerão encontros regionais em 14 áreas geográficas centrais do Estado. O investimento em filiações também será maciço para compensardefecções enfrentadas, a partir do desligamento do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, e de alguns aliados seus.

No PT, o presidente do diretório estadual, Rodrigo Soares, observa que estão avançados os encontros preliminares em cidades do interior para definir táticas com vistas ao pleito de 2014. “Queremos aprofundar cada vez mais as discussões”, salientou, lembrando que o Partido dos Trabalhadores não funciona somente em período eleitoral mas mantém uma agenda permanente de debates em articulação com movimentos sociais. A discussão das candidaturas ficará mesmo para o ano que vem, à luz de análises sobre a correlação de forças no Estado.

Do Blog com RepórterPB