A força resolve?

Marcos Tavares

Sob esperanças e expectativas, membros da Força Nacional de Segurança desembarcaram na Paraíba. Sua missão é tentar combater a violência que cresce em números espantosos no Estado e ajudar delegados e delegacias a darem andamento a centenas de processos que mofam nas gavetas. Claro que é meritória essa providência, como, aliás, qualquer uma que seja feita para dar mais segurança ao cidadão. Meritória mas não definitiva, pois o tempo de permanência estimado dessa força é inicialmente de noventa dias e em noventa dias não se reverte uma situação que vem se deteriorando há anos seguidos.

A violência não é privilégio da Paraíba, o que nos assusta são os seus números. Diariamente, caixas eletrônicos são explodidos, adolescentes assassinados, pessoas sequestradas, o que mudou o clima da cidade para insegurança. Com uma polícia insuficiente, mal armada e nunca bem treinada, os bandidos varridos dos grandes centros resolveram adotar nossa praia como seu local de trabalho e em poucos anos a Paraíba passou de um lugar idílico para uma cidade onde o medo convive com todos os habitantes independente de sua classe social.

A força resolverá? Desconfio muito. Ela pode até ajudar a agilizar processos, dar um novo treinamento às nossas polícias, principalmente nas áreas de investigação e inteligência, mas se esse esforço não for continuado, se nosso aparato policial não crescer em número e qualidade, os bandidos continuarão sempre levando a melhor, como vem acontecendo ultimamente. É preciso mais quantidade e melhor qualidade. É preciso a confiança da população na sua polícia, pois essa confiança é o pilar onde se constroem comunidades seguras e polícias eficientes.


Lei do Gérson
Um novo inquérito que redundou na prisão de vários clonadores de cartões mostra como a moral e a honestidade deixaram de ser valores cultuados e praticados no Brasil.
Dois escândalos anteriores, um na Procuradoria da Justiça outro no Detran já haviam deixado a população estarrecida. São pessoas que tentam por todos os meios o enriquecimento fácil, e transgridem as regras, violam princípios.
A impunidade que grassa nas grandes questões nacionais e o exemplo de gente se dando bem com a corrupção só aumentam esse bloco.
De gatos
Um título honorífico dado à Energisa causa furor na Câmara Municipal da cidade. A empresa responde junto ao Ministério Público por denúncia de forjar ligações clandestinas para auferir mais lucros.
Manda a prudência que se aguarde a conclusão do inquérito para ver se a empresa é merecedora de títulos ou de críticas.
Afinal gato tanto pode ser carinhoso como ferir com suas garras. E causar ferimentos incuráveis.
Alisou

O Ministério das Cidades, do ministro Aguinaldo Ribeiro, foi o mais penalizado nos cortes orçamentários feitos pelo governo.
E o ministro figura na lista de um dos queridos de Dilma.
Batida
Nonato Bandeira bate forte em Cartaxo e sai em defesa de seu amigo e – talvez – correligionário, Luciano Agra.
Segundo Bandeira, está havendo uma pressão forte do PT para colocar Agra nos seus quadros.

Candidatura
Foi só Estelizabel sugerir sua candidatura e já entra na mira dos questionamentos.
Tião Gomes acha que a Comunicação do Governo é muito falha.

Saudável
O secretário Adalberto Fulgêncio diz que a medicina pública da capital é igual à do Canadá.
Juro que não sabia que a medicina andava tão ruim assim por aquelas bandas.

Racismo
Com muito acerto, a Justiça Federal impediu que o MinC continuasse a fornecer verbas específicas para a cultura negra.
Era uma forma de racismo disfarçada, pois cultura não tem cor.

Quadrilheiro
O TCE permanece atento aos gastos do São João, especialmente em municípios em estado de emergência.
Na mira a formação de quadrilhas para adulterar preços.
Frases…

Mortal – O crack mata antes de viciar.
Tranquilizantes – A realidade é sempre maior que o comprimido.
Dominical – De segunda em segunda você fica um neurótico de primeira.