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Relação sexual na gravidez: pode ou não pode? prejudica o bebê? Confira 10 coisas que você precisa saber sobre o assunto

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Sexo e gravidez são um grande tabu para o casal. Muitos deixam de ter as relações sexuais por medo de machucar o bebê, acelerar o parto, prejudicar a gestação e por aí vai.

Mas, a verdade é que se a gravidez não for de risco, o sexo está liberado do primeiro ao último trimestre.

Isso porque, fazer sexo, além de ser ótimo para a autoestima do casal, controla a ansiedade, melhora o humor, aumenta a produção de anticorpos na gestante, libera endorfina (um hormônio que gera sensação de bem-estar e ajuda a ter um sono mais profundo) e fortalece não só a imunidade, como a musculatura da vagina.

Confira uma lista sobre o  que você precisa saber sobre o assunto e definir se você quer ou não manter relações sexuais durante a gravidez:

A penetração pode atingir o feto?

Não. O feto fica posicionado dentro do útero, protegido pela musculatura do órgão, por membranas e pela bolsa que contém o líquido amniótico. Não há, portanto, nenhum risco de que o pênis atinja o feto.

É normal querer transar mais durante a gravidez? E menos?

Com as alterações hormonais, físicas e emocionais que a gravidez traz, é comum que a mulher sinta modificações na libido. Isso significa que a gestante pode ter mais ou menos desejo sexual nesse período, e ambas as situações são normais. Além disso, o desejo também pode variar conforme a gravidez avança. É importante estabelecer uma boa relação e conversar francamente com o parceiro ou parceira.

Quais são as melhores posições sexuais?

A melhor posição é aquela em que a gestante está confortável. Aliás, este pode ser um momento para o casal explorar e experimentar novas posições.

O sexo com o parceiro ou a parceira por cima pode ser desconfortável quando você estiver no início da gestação, especialmente em razão do inchaço e da sensibilidade nos seios, duas características presentes nas primeiras semanas, e também quando já estiver com aquele barrigão!

De lado, o sexo na gestação tende a ficar mais fácil, gostoso e confortável, muito em razão de não envolver o peso de uma pessoa sobre a outra. Outra posição é um de frente para o outro ou com a gestante por cima.

Conforme a gravidez avança, experimentem descobrir o que funciona melhor para vocês.

O orgasmo pode provocar contrações?

Sim, pode. Isso acontece porque o orgasmo, com ou sem penetração, libera o hormônio ocitocina, responsável pelo estímulo das contrações uterinas.

São as chamadas contrações de Braxton Hicks. Em gestações que estão transcorrendo bem, elas podem acontecer e, embora sejam desconfortáveis, não provocam o trabalho de parto. Uma dica é se deitar e tentar relaxar para que essas contrações passem.

Pode trazer benefícios ao parto?

Muitas pessoas afirmam que o sexo na gravidez ajuda no parto normal. Isso pode ocorrer, pois durante a relação sexual a mulher exercita os músculos da vagina. E não tem nada melhor do que uma boa musculatura pélvica na hora do parto normal.

Mas, além desse benefício, os momentos de intimidade são ótimos para fortalecer a conexão emocional do casal, além de liberar endorfina, hormônio que melhora o bem-estar.

A gravidez facilita o orgasmo feminino

Durante a gravidez a lubrificação da vagina aumenta, assim como o volume de sangue irrigado para a região. Isso faz com que a mulher fique mais sensível, chegando mais facilmente ao orgasmo.

Gestantes devem fazer xixi após o sexo

Essa é uma prática recomendada não só para mulheres que estão grávidas, mas também para as que não estão. Porém, nas gestantes, o risco de infecções urinárias é muito maior.

Então urinar depois da relação é uma boa maneira de limpar a uretra, orifício por onde sai a urina e que fica localizado logo acima da entrada da vagina

Quando não fazer sexo na gravidez?

O sexo durante a gravidez pode ser desaconselhado em caso de sangramento intenso na gestação. Outras contraindicações são ameça de aborto espontâneo, placenta baixa, infecções graves, pressão alta e histórico ou risco de parto prematuro.

Converse com o obstetra ou com o profissional de saúde que esteja acompanhando a sua gestação para se informar melhor sobre as contraindicações da prática sexual para o seu caso.

Com quantos dias pode ter relação depois do parto?

É indicado esperar 40 dias. Esse período vale tanto para o parto normal quanto para a cesárea e deve ser respeitado porque o corpo ainda está em recuperação e o sexo pode ser bastante desconfortável e até provocar infecção puerperal.

No caso da cesárea, respeitar esses 40 dias é importante para a completa cicatrização dos pontos e também para prevenir prolapso genital (bexiga caída) e incontinência urinária.

Passados esses 40 dias, o casal é que vai decidir sobre a volta da prática sexual. Esse processo envolve diversas questões, como a segurança da mulher sobre a sua sexualidade no pós-parto e a nova rotina com a chegada do bebê.

Nessa fase, é importante contar com auxílio médico e psicológico. Uma rede de apoio ajuda muito e contribui para que a mãe tenha sua individualidade respeitada, seja para descansar ou para curtir momentos de intimidade com o parceiro ou a parceira.

As primeiras relações após o parto serão desconfortáveis?

Pode ser que haja diminuição da lubrificação vaginal em razão das alterações hormonais, mas para isso você pode utilizar um gel lubrificante à base de água e, assim, reduzir o desconforto. O canal vaginal também pode ficar mais sensível, condição que pode provocar dor.

Se o incômodo nas relações sexuais vaginais persistir, procure orientação médica e também converse com seu parceiro ou sua parceira sobre outras formas de prazer, como sexo oral e masturbação. Diga o que gostaria de fazer e como sente prazer.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba