O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atendeu pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de inquérito contra o senador Sergio Moro (União-PR) e procuradores que atuaram em um acordo de delação premiada que é considerado como pontapé inicial da Operação Lava Jato.
Segundo a jornalista da GloboNews Daniela Lima, o caso refere-se a um acordo de delação premiada firmada entre o ex-deputado estadual paranaense Tony Garcia e Moro, que à época era juiz federal da 13ª Vara.
O acordo estabelecia que Tony se tornaria uma espécie de ‘grampo ambulante’ e gravasse integrantes do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado, entre outras autoridades com foro de prerrogativa de função que estavam fora da jurisdição da Justiça Federal para obter provas contra essas autoridades e instituições.
Ainda segundo a jornalista, todos os detalhes do acerto constam nos autos que permaneceram por quase duas décadas sob sigilo na 13ª vara de Curitiba.
Procurado, Moro negou qualquer ilegalidade no acordo e argumentou dizendo que a prática de delação premiada em questão não tinha o mesmo regramento legal de como é feito hoje. O senador também disse jamais ter recebido gravações de integrantes do Judiciário.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba