Com a chegada do tão esperado verão, as praias chamam e os momentos ao ar livre se tornam irresistíveis. No entanto, nem tudo são flores nessa estação ensolarada. Alertas sobre novas ondas de calor em 2024 e os impactos do El Niño foram feitos pelo meteorologista Guilherme Borges.
Segundo Guilherme Borges, o clima mais seco até abril e chuvas abaixo da média no Norte e parte do Nordeste alertam para a necessidade de precaução. E é aí que entram os perigos da exposição ao sol, tornando essencial o diálogo sobre os cuidados necessários.
O Polêmica Paraíba conversou com a médica dermatologista Ismmaelli Veras para entender os riscos e precauções que todos devemos ter durante esse período. Com a exposição aos raios ultravioletas intensificada, os perigos podem ser agudos ou crônicos.
Durante o verão, a exposição aos raios ultravioletas se intensificam, seja pela maior incidência dos raios UVA e UVB, ou pelo maior tempo de permanência em ambientes ao ar livre sem proteção solar e como consequência os perigos da exposição podem ser agudos ou crônicos agudos.
Segundo a Dra. Ismmaelli Veras, entre os principais perigos e danos sofridos devido a forte exposição ao sol, podem-se destacar as queimaduras solares, e a piora de algumas doenças inflamatórias como rosácea, melasma e lúpus. Já os riscos da exposição crônica são o fotoenvelhecimento, a piora ou surgimento de manchas e o mais temido, o câncer de pele.
“O risco de não usar protetor solar vai desde questões estéticas, como, piora ou surgimento de manchas, envelhecimento precoce da pele com o surgimento de rugas e linhas finas e aumento de sardas, até a exacerbação de determinadas doenças como lúpus, rosácea e melasma. Assim como o surgimento do câncer de pele, incluindo o melanoma”, disse a médica.
De acordo com Ismmaelli, a proteção solar constitui um grupo de medidas para diminuir a incidência da radiação ultravioleta na pele e consequente minimizar os riscos decorrentes dela. “Isso vai desde o uso do protetor solar de no mínimo, fator 30, com aplicação 30 min antes da exposição e reaplicação a cada 2 horas, até o uso de barreiras físicas como uso de chapéus de abas largas, bonés, roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU) acima de 50 e sempre que possível, ficar embaixo de sombras naturais ou barracas. Importante lembrar que se deve evitar a exposição direta entre as 10h e 16h”, explicou.
Os sinais precoces de danos solares na pele são vermelhidão, ardor, surgimento de bolhas e até surgimento de manchas. Diante de uma exposição solar intensa pode surgir o quadro de insolação e a pessoa pode apresentar sede intensa, boca seca, pele seca, quente e avermelhada, diminuição do volume urinário, aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, fraqueza, enjoo, vômitos e até mesmo confusão mental e desmaio.
A Dra. Ismmaelli destaca orientações específicas para diferentes grupos, incluindo a necessidade de evitar a exposição solar direta em crianças menores de 6 meses e o uso de protetor solar de no mínimo fator 50 em pessoas brancas, de olhos claros ou com condições dermatológicas específicas.
Ismmaelli Veras
CRM : 6572 RQE: 4585
Fonte: Adriany Santos
Créditos: Polêmica Paraíba