Governo da Paraíba contesta questionados pela AGU

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A Advocacia Geral da União emitiu parecer pela inconstitucionalidade da lei paraibana que criou 63 cargos de assessor jurídico nas secretarias do governo do Estado. O dispositivo está sendo questionado pela Associação Nacional dos Procuradores do Estado, Anape, que já ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, defendendo o argumento de que tais cargos são privativos dos procuradores, conforme revela o “Jornal da Paraíba”, na edição de hoje, em matéria do jornalista Lenilson Guedes.

Em seu parecer, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, afirma que o STF já reconheceu a inconstitucionalidade de normas estaduais que autorizavam ocupantes de cargos em comissão a desempenhar atribuições de assessoramento jurídico na esfera do Poder Executivo dos Estados membros, considerando que tal atividade deveria ser exercida por procuradores de Estado organizados em carreira. No levantamento procedido pela Anape, o governo da Paraíba dispõe de 63 cargos de assessoria jurídica, sendo um cargo de consultor jurídico do governo, 20 cargos e coordenador de assessoria jurídica e 42 cargos e assistente jurídico. O governo do Estado defende a constitucionalidade da lei, sob o pretexto de que o artigo 37, inciso V, da Constituição Federal, autorizaria a criação de cargos comissionados para as funções de direção, chefia e assessoramento.

Além do mais, asseverou que as atribuições pertinentes aos cargos questionados na ação seriam substancialmente diversas daqueles exercidos por procuradores do Estado, de modo que não haveria usurpação de competência constitucional. O ministro Celso de Mello é o relator do caso e está aguardando o parecer da Procuradoria Geral da República para decidir sobre o pedido de liminar objetivando a suspensão dos efeitos da lei paraibana.

Homenagem – O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, vai ser agraciado no próximo dia 27 de junho com o título de Cidadão Pessoense. A propositura foi de iniciativa do vereador Fernando Milanez, do PMDB, aprovada por unanimidade pelos integrantes da Câmara Municipal. Ao mesmo tempo, a Câmara Municipal celebrou parceria com o TRE com vistas a agilizar o cadastramento biométrico de João Pessoa, mediante ações de conscientização na TV Câmara e possível instalação de um ponto de cadastramento nas dependências da Casa.

O presidente do legislativo pessoense, vereador Durval Ferreira, do PP, reconheceu o que chamou de forma brilhante com que o presidente Marcos Cavalcanti de Albuquerque conduziu as eleições no ano passado, sem violência e sem o consentimento de abusos. “Foi uma das campanhas mais tranqüilas da história da Paraíba”, salientou. Fernando Milanez lembrou que o título de Cidadão Pessoense é concedido a quem realmente tenha serviços prestados ao Estado, o que é o caso do desembargador-presidente. A propósito do cadastro biométrico de eleitores, o Tribunal Regional Eleitoral manifesta sua preocupação pelo fato de que só conseguiu cadastrar 5% do eleitorado votante nas eleições de 2014 nos dois maiores colégios do Estado – João Pessoa e Campina Grande. O órgão divulgou, ontem, a planilha de extensão do Projeto de Biometria Eleitoral da Paraíba, que contará com horário ampliado na Central de Atendimento ao Eleitor do Fórum Eleitoral Desembargador José Martinho Lisboa, na capital, bem como em Campina Grande, em diferentes lugares.