Opinião

O Sábio João Azevedo: “Na Capital, Cícero. Em Campina, pode ser Romero” - Por Gildo Araújo

Cada vez que analisamos os fatos dentro do contexto político da Paraíba, observamos no governador João Azevedo (PSB) um exemplo de equilíbrio emocional pouco visto nos últimos anos. Essa postura cautelosa e equilibrada do Governador proporciona à população mais segurança na sua gestão, que até o momento vem sendo lograda de êxito, tendo em vista os diversos investimentos trazidos por ele para a Paraíba. 

Foto: Divulgação

Cada vez que analisamos os fatos dentro do contexto político da Paraíba, observamos no governador João Azevedo (PSB) um exemplo de equilíbrio emocional pouco visto nos últimos anos. Essa postura cautelosa e equilibrada do Governador proporciona à população mais segurança na sua gestão, que até o momento vem sendo lograda de êxito, tendo em vista os diversos investimentos trazidos por ele para a Paraíba.

A conduta séria de João Azevedo tem levado o Estado da Paraíba a um patamar de destaque nacional, pois sua forma de tratar as ações que interessam aos paraibanos independe de cor partidária; tem sido sempre coeso, sem perder a ideologia. Diferentemente de um passado não tão distante, em que a Paraíba teve que lidar com governadores que sempre conflitavam com a imprensa como foi Ricardo Coutinho (PT), ou mesmo com seus adversários políticos, como por exemplo o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (in memoriam), que muitas vezes expôs o seu desequilíbrio emocional, como no fatídico dia 21 de março de 1998, dia de seu aniversário no Clube Campestre em Campina Grande, quando em discurso proferido fez duras críticas ao seu aliado, na época, o governador José Maranhão (in memoriam), provocando a partir daquele instante uma divisão sumária na política paraibana. Outro episódio que marcou o ato de violência na Paraíba, foi quando o então governador Ronaldo Cunha Lima foi até um restaurante na capital paraibana e atirou no ex-governador Tarcísio Burity (in memoriam).

Entre tantos casos de conflitos, é fácil identificar que a partir do primeiro mandato do governador João Azevedo, notou-se um avanço considerável no diálogo entre os políticos chamados de adversários e com a própria imprensa.

Hoje, por exemplo, apesar de alguns aliados do governador João Azevedo persistirem na ideia de rompimento com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), ele demonstra saber aonde quer chegar com o prefeito da capital, e daí aumentar, cada vez mais, seu alinhamento com o “Caboclinho”, pois ambos têm demonstrado muito amadurecimento nessa condução de permanente união, já que os dois sabem dar importância política aos compromissos que possuem com o desenvolvimento de João Pessoa e com toda a Paraíba.

Em relação a uma possível aliança com o deputado federal e ex-prefeito de Campina Grande, o governador tem sido bastante cauteloso em sua fala, pois é sabedor que o relacionamento político de Romero Rodrigues (Podemos) não anda muito bem com o atual prefeito Bruno Cunha Lima (UB), principalmente depois que ele firmou parceria com o senador Veneziano Vital do Rêgo. Aliás, vale dizer que, neste domingo, durante a filiação de Bruno Cunha Lima ao União Brasil, Vené mandou um recado duro ao ex-prefeito campinense quando disse que “não há espaço para sentimentos que apequenam Campina Grande e querem produzir desunião, não caberiam na solenidade”. Essa fala do senador deve acirrar ainda mais os ânimos entre os seguidores de Romero e os de Bruno Cunha Lima e ainda mais com os de Veneziano.

Como João Azevedo é sábio, e que já aprendeu muito na política paraibana, está tão somente deixando o ex-prefeito campinense decidir seu futuro e abrir espaço para uma conversação, a qual fica cada vez mais próxima diante dos fatos que vêm acontecendo.

O resultado de toda essa estratégia política, paulatinamente, vai avançando até que irá chegar o dia em que Romero e o governador irão sentar e chegar a um denominador comum, pois é quase impossível Romero estar em um mesmo palanque com o senador Veneziano, que sempre trata Romero em suas entrevistas se referindo ao “ex-prefeito”, ou seja, nem seu nome fala, sendo mais uma forma de distanciamento de Romero Rodrigues do grupo do prefeito Bruno.

Pelo andar da carruagem, o governador João Azevedo além de ter Cícero Lucena como seu candidato preferido na capital, terá também Romero Rodrigues em Campina Grande, o que dará demonstração de que continua sendo o grande líder da política paraibana e que já prepara os dois maiores centros eleitorais do Estado para apoiarem sua futura candidatura ao Senado Federal, o que lhe dará uma tranquilidade para deixar o governo em abril de 2026. Quem viver, verá!

 

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba