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Vice-cônsul da China questiona projeto milionário no Brasil: Investimento ou Fraude?

O representante chinês na região Nordeste enfatizou a ausência de registros empresariais da suposta empresa chinesa, "BRASIL CRT", nos sistemas diplomáticos da China no Brasil.

imagem: reprodução/internet

A controvérsia sobre o projeto da Nova Mataraca, no Litoral Norte da Paraíba, ganhou destaque após as declarações incisivas do vice-cônsul da China em Recife, He Yongwei, ao Conversa Política nesta terça-feira (12). Segundo Yongwei, o anúncio feito pelo grupo chinês Brasil CRT no dia anterior é motivo de desconfiança, classificando-o como um “investimento duvidoso” e levantando suspeitas de fraude.

O representante chinês na região Nordeste enfatizou a ausência de registros empresariais da suposta empresa chinesa, “BRASIL CRT”, nos sistemas diplomáticos da China no Brasil. “É importante ressaltar que essa ação não reflete uma atividade comercial oficial da China. Portanto, o Consulado da China adverte a imprensa a adotar uma postura cautelosa e não recomenda a divulgação dessas informações”, explicou.

A magnitude dos alegados R$ 9 trilhões em investimentos anunciados para a região foi questionada pelo vice-cônsul, levando em conta que esse montante se aproxima do PIB do Brasil em 2022 e é 450 vezes maior do que o orçamento de R$ 20 bilhões previsto para a Paraíba em 2024, segundo a Lei Orçamentária Anual encaminhada à Assembleia Legislativa. “O balanço comercial entre China e Brasil em 2023 foi de apenas 844 bilhões de reais”, destacou Yongwei, aumentando as dúvidas sobre a veracidade dos números apresentados.

Yongwei também ressaltou ter alertado tanto a prefeitura quanto o governo estadual antes do evento realizado em Mataraca. Por sua vez, o governador João Azevêdo, em entrevista a Felipe Nunes, da CBN, afirmou que não planeja se reunir com o grupo chinês responsável pelos planos de construção do Porto de Águas Profundas e da Nova Mataraca no Litoral Norte. Uma fonte do governo estadual classificou o suposto investimento para a cidade como “estratosférico”, indicando que qualquer anúncio dessa magnitude deveria ter sido comunicado previamente ao Governo Federal.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba