A ditadura pelo voto

Marcos Tavares

Morales, o cacique boliviano, mexeu os pauzinhos e conseguiu modificar a Constituição do seu país garantindo para ele novo mandato após duas eleições seguidas. Depois que Chávez e seu bolivarismo fizeram escola, espalhou-se pela latino-américa a moda de ditadores alçados ao poder pelo populismo e que se perpetuam nesse poder através de manobras jurídicas sem respaldo legal. Ou seja, o que Fidel teve de pegar em armas para fazê-lo, eles conseguem pelo voto, o tráfico de influência, a intimidação e principalmente explorando a pobreza que grassa na região.

Três mandatos é tempo demais para uma pessoa e um partido já que a alternância dos poderes é a base da democracia. O problema é que o terceiro puxa o quarto, o quarto puxa o quinto e quando se abre os olhos temos ícones carcomidos acastelados no poder absoluto já que dominam todos os aparelhos do Estado, da comunicação à segurança, garantindo assim a perpetuação no poder sem para isso ter de tirar os tanques dos quartéis.

Aqui nessa Terra de Vera Cruz, Lula e o PT flertaram com essa ideia, mas como o país já está mais amadurecido politicamente e não suportaria esse golpe branco, os petistas mudaram de tática.

Preferiram continuar distribuindo bolsas, o que garante a troca de presidentes, mas mantém a legenda sempre no poder, o que faz pouca diferença. Precisamos estar de olhos abertos para esses golpes, silenciosos, sutis, sorrateiros, mas que trazem embutido o mesmo desejo de continuidade e ditadura.

Reconciliação

Veneziano Vital age de modo muito diferente do dirigente de sua legenda, José Maranhão. Ele diz que ainda espera contar com o apoio de Wilson Santiago – e seu grupo – nas eleições para o governo.

Mais centrado e menos ditador, Vené prefere manter os amigos ao invés de afastá-los como faz Maranhão, talvez intencionalmente para atingir e afundar a candidatura do cabeludo campinense.

Veneziano mostrou que está atento e trata Santiago como correligionário, mesmo ele tendo desertado da legenda comandada por Maranhão.

Muy Amigos

Há uma crise se espalhando discretamente como fogo de monturo na Reitoria da UFPB. A ampla aliança que levou a atual reitora ao cargo começa a dar sinais que vai ruir.

Auxiliares se desentendem, se acusam e se torpedeiam numa guerra de fogo amigo que nunca dá bons resultados.

De certo se pode extrair desses episódios que contemplam renúncias, acusações e outros babados que a reitora não vai navegar em mar de almirante durante sua estada na UFPB.

Facilidades

Mais do que o fato de ter um dos dirigentes da Defensoria Pública envolvido em negociatas, é grave a falta de total fiscalização do órgão.

O indiciado desenvolvia um cargo privativo de advogados sem ter o registro da OAB e conseguiu burlar todo o sistema.

Falante

Edvaldo Rosas fala muito. Depois de detonar os planos de Cássio, ele chama Agra de traidor.
Ele esquece que gente mais importante que ele no coletivo girassol acabou sacrificada e esquecida.

Turismo

Uma prova de como será maléfico para a Paraíba o fim do vestibular. Esse ano, mais de 1.300 alunos de outros Estados entram na nossa universidade.

E como será quando a concorrência for nacional?!

Coragem

Toinho do Sopão critica colegas que faltaram a sessões da AL e indica dias apropriados para visita às bases.

Ele devia ter cuidado. Até sopa engasga…

Lucros

Quase quatro meses de greve dos professores e funcionários da UEPB para míseros 5% adidos aos salários.

Valeu a pena sacrificar o semestre letivo?

Oxente!

Dilma vem de novo ao Nordeste e até deve vir à Paraíba como noticiam os periódicos.
Como sugere o Bode Gaiato, chegou a hora de dizer com toda fé: Armaria!

Frases…

Vida – Viver não é difícil. Difícil é conviver.
Gostos – A gente passa a vida experimentando. E nem sempre os sabores são agradáveis.
Traídos – Desconfie de todos seus amigos. Como disse Cristo, um deles lhe trairá.