Famílias se perpetuam no poder em cidades por todo o Brasil. Gerações que remontam desde o começo do século passado, conseguem criar tradições de políticos, que vão desde Vereadores a Governadores formados nessas dinastias.
Mas esses laços algumas vezes são quebrados, e já vimos casos famosos de parentes se tornando rivais. Pais e Filhos, Irmãos, Genros e Sogros, Primos, Tios e Sobrinhos, são algumas das disputas que acabam quebrando a harmonia dentro da política.
Nessa matéria nós iremos mostrar quatro casos de familiares que irão disputar o mesmo cargo nas eleições do ano que vem, seus rompimentos e quem os apoiará nessas empreitadas.
Itatuba: Aron Andrade se candidatou pela primeira em vez em 2008, perdendo a disputa conta o então Prefeito Renato Lacerda. Na eleições seguintes, Andrade formou uma chapa com o tio Josmar Lacerda, vencendo Tibério Bezerra em 2012 e Zé Ronaldo Filho em 2016, com quase 80% dos votos.
A parceria que parecia fadada ao sucesso se desfez antes das eleições de 2020, quando o Prefeito decidiu apoiar o sobrinho Marlon Andrade, enquanto Josmar enveredou por uma candidatura própria, que se sagrou vitoriosa ao atingir 55% dos votos.
Aron decidiu sair candidato a Deputado Estadual nas últimas eleições, mas mesmo sem conseguir se eleger, demonstrou força ao ser o candidato mais votado da cidade, com mais de mil votos de diferença para o candidato do Prefeito, o Deputado Felipe Leitão.
Em 2024, o ex-Prefeito já afirmou que sairá candidato, inclusive tendo apoio de Vereadores que deixaram a base de Josmar, que por outro lado deixou o Podemos e se filiou ao MDB, onde terá o apoio do Senador Veneziano Vital.
São Sebastião de Lagoa de Roça: O Prefeito Severo Luís venceu as eleições de 2016 e 2020 com uma larga vantagem para os outros colocados.
O Prefeito já decidiu que seu candidato em 2024 será o ex-Prefeito Ramalho Alves. Ramalho que havia sido eleito Vereador em 1996, se tornou Prefeito no pleito de 2004, derrotando o Vereador Marcone Farias. Após não disputar a reeleição, a última disputa de Alves foi como candidato a Vice-Prefeito da chapa de Lucio Flavio, que ficou na segunda colocação.
O seu adversário, será o seu primo Basto Santos, conhecido como Basto da Construção. Santos tem como um dos seus principais cabos eleitorais, o Deputado estadual e ex-Prefeito de Boqueirão, João Paulo Segundo.
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Desterro: O pleito na cidade englobará o único embate entre irmãos na nossa lista. Odilon Simões disputou sua primeira eleição em 2012, quando foi derrotado por Rosângela Leite. Eleito Vereador em 2016, Odilon formou chapa em 2020 com Valtecio de Almeida, conhecido como Sinhor, que assumiu o cargo após o afastamento do então Prefeito.
A chapa se sagrou vitoriosa ao derrotar a ex-Prefeita Rosângela, com quase 60% dos votos. Mas a união não durou muito e os dois romperam antes das eleições de 2022. Odilon tem como principais cabos eleitorais, a primeira suplente de Deputada Estadual, Sílvia Benjamin e o Deputado Federal, Murilo Galdino.
Tiago Simões está no terceiro mandato consecutivo de Vereador e é atualmente o Presidente da Câmara Municipal. Ele terá o apoio do Prefeito e dos Deputados Hugo e Francisca Motta.
Sousa: A situação na família Gadelha é bastante diferente dos casos anteriores. O suplente de Deputado Estadual André Gadelha e o primo Lafayette, querem se firmar como o candidato de oposição ao grupo do Prefeito Fábio Tyrone.
André que foi Prefeito entre 2013 e 2017, perdeu a reeleição contra Tyrone, que o já havia derrotado em 2008. Após ter ficado seis anos fora da política, Gadelha disputou uma vaga para a Assembleia atingindo quase 19 mil votos, ficando na primeira suplência do MDB.
Esses bons números o credenciaram a mais uma disputa, após Tyrone ter aplicado um duro golpe para o grupo de André em 2020, tendo mais de 70% dos votos em sua reeleição, contra o ex-Deputado Federal Leonardo Gadelha, filho do ex-Senador Marcondes Gadelha.
Lafayette tem menos experiência na política, tendo sido eleito Vereador em 2012, como o mais votado daquela eleição.
A disputa entre os primos ficou pública após a declaração de André que afirmou ser o candidato do grupo, o que não agradou a Lafayette que disse não desistir da candidatura, e que “os critérios para a escolha serão pesquisas quantitativas e qualitativas, para encontrarmos uma chapa de consenso”.
Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba
