DELAÇÃO

BOMBA! Em novo depoimento, Cid afirma que Bolsonaro ordenou fraudes em certificados de vacina, diz site

(Foto: Alan dos Santos/Reprodução)

De acordo com uma reportagem exclusiva do UOL, divulgada pelo colunista Aguirre Tolento, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou, em seu acordo de delação premiada, que partiu do ex-presidente a ordem para confeccionar certificados falsos de vacinas da covid-19.

Em um dos depoimentos prestados por Cid à Polícia Federal (PF), como parte de seu acordo de colaboração, o tenente-coronel admitiu sua participação na realização de fraudes nos certificados de vacina inseridos no sistema do Ministério de Saúde e também vinculou Jair Bolsonaro diretamente ao esquema. A informação foi confirmada ao UOL por três fontes que acompanharam as negociações do acordo.

O relato de Cid contraria a versão que o ex-presidente apresentou à PF. Em maio, Bolsonaro declarou que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.

A investigação sobre os certificados falsos de vacina é uma das mais avançadas na Polícia Federal envolvendo o ex-presidente da República. A apuração teve início com a descoberta de diálogos no telefone celular de Mauro Cid que mostravam como o tenente-coronel acionou diversos contatos para solicitar a inserção dos dados falsos de vacina. O objetivo da manobra seria burlar as exigências de comprovação da vacinação para entrada em países estrangeiros.

Com base nessas informações, a PF deflagrou em maio a Operação Venire, cumprindo a prisão preventiva de Mauro Cid e outros alvos. O ex-ajudante de ordens só foi solto em setembro, depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologou seu acordo de delação premiada.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Aguirre Talento para UOL