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Se o Hamas já venceu a guerra, nós podemos vencer a nossa também - Por Ronaldo Filho

Foto: GETTY IMAGES

O Hamas já venceu a guerra. No último dia 7 quando o grupo terrorista empreendeu sua inédita barbarie em território israelense, o mundo se voltou contra ele: repulsa, indignação, tristeza. Não cabia perdão ou nada que justificasse a ação horripilante.

Mas o tempo passou a operar a seu favor.
Israel usando do seu inquestionável direito à autodefesa, passou a promover sistemáticos bombardeios aéreos sobre a já sofrida Faixa de Gaza.

A morte de civis inocentes, sobretudo, crianças, que já passou dos milhares (e não para de crescer), desviou a comoção, antes dirigida na totalidade a Israel, para o população inocente do território palestino, onde mais de 1 milhão de pessoas já foram deslocadas.

Israel promete intensificar a ação militar, por terra, água e ar. Será uma carnificina. Vc tem dúvida?

A violência no Brasil vem nos assombrado faz tempo. O Rio tem sido nosso mais notável cartão postal. Lá a milícia e o tráfico fizeram um pacto macabro.
Hoje, em reação a um líder morto, a milícia incendiou mais de 30 onibus, além de trens e automóveis. Não se tem notícia de mortos, até aqui.

O Brasil já chegou a vergonhosa marca de 60 mil mortos por ano, vítimas da violência. São números de guerra. Como vence-la, então? Começando com vontade e coragem. A criminalidade permeia o tecido social e as instâncias de poder com impressionante e perniciosa intimidade. Inteligência. Ouvidorias. Correições. Unificação das polícias. Fiscalização efetiva das nossas ( extensas) fronteiras secas. São alguns exemplos, de todos sabidos, que implementados, poderão, a longo prazo, oferecer os resultados que todos almejamos. Se o Hamas já venceu a guerra, por que não podemos vencer a nossa?

Fonte: Ronaldo Filho
Créditos: Ronaldo Filho