O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSDB), depois de montar todas as estratégias políticas com o senador Venenziano Vital do Rêgo Segundo Neto (MDB), que inclusive contou com a anuência do ex-senador Cássio Cunha Lima, nomeando várias lideranças politicamente ligadas ao grupo “venezianista”, e exonerando quase todos os servidores contratados e comissionados próximos ao grupo “romeristas”; agora, tenta desesperadamente um diálogo com o ex-prefeito campinense, Romero Rodrigues.
A prova disso foi a sua ida à Brasília, na última terça-feira (18), quando teve um contato pessoal com Romero. Talvez essa viagem do gestor campinense à capital federal, tenha sido tarde demais, tendo em vista que só depois de desarrumar por completo a sua estrutura administrativa e política, e ver que poderá sofrer uma esmagadora derrota nas eleições do próximo ano, foi que ele se deu por conta do perigo que corre o seu futuro político, que já se encontra indo às ruinas, ou seja, uma doença política autoimune adquirida por sua própria falta de capacidade de gestão e aglutinação, e que tem lhe custado uma queda vertiginosa em todas as pesquisas feitas no município.
Infelizmente, o prefeito Bruno, em quem tanto o povo campinense confiou, parece que não estava ainda preparado para administrar uma cidade do porte de Campina Grande, um município cheio de suas complexidades, que exige de seu governante empenho e dedicação diuturnamente, como fez Ronaldo Cunha Lima, Cássio Cunha Lima, Enivaldo Ribeiro, Romero Rodrigues, entre outros.
Talvez todo esse esforço do prefeito Bruno Cunha Lima em tentar salvar sua gestão esteja sendo em vão, pois o seu comportamento político está lhe colocando na berlinda da política campinense e tem amplo reflexo diante do povo paraibano, já que Campina Grande polariza grande parte dos municípios de nosso Estado, ademais, hoje em dia as redes sociais escancaram tudo que está acontecendo em qualquer lugar.
E para piorar ainda mais o seu desgaste, durante o final de semana (sexta-feira), a TV Paraíba e Cabo Brando exibiram uma matéria em que mostrou para todo o Estado, o completo abandono da obra do Hospital da Criança de Campina Grande iniciada no governo de Romero Rodrigues, e que infelizmente o atual prefeito Bruno não deu continuação, nem muito menos concluiu.
Tudo isso proporciona um desgaste incomensurável ao Governo Municipal de Campina Grande, e já aponta para um quadro de aparente irreversibilidade administrativa e política de Bruno Cunha Lima.
Aliás, já há quem diga em Campina Grande que o ex-senador Cássio Cunha Lima estará visitando a cidade para tentar uma substituição da candidatura de Bruno por Romero Rodrigues e até por ele mesmo (Cássio), para que o grupo Cunha Lima não perca a hegemonia política na Rainha da Borborema. Ao que parece, o povo campinense não absorveu a gestão de Bruno Cunha Lima, nem muito menos a união com o grupo do senador Veneziano Vital.
A verdade é uma só: a administração de Bruno Cunha Lima é uma decepção. Isso é dito nos quatro cantos de Campina Grande, pois só se fala na volta do ex-prefeito Romero Rodrigues. É pública e notória a persistência de Bruno em querer ir para a reeleição, o qual tem todo o direito legal, mas essa decisão só estimula uma vitória oposicionista encabeçada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD) na eleição de 2024, mesmo sem Romero Rodrigues aceitar fazer parte do grupo oposicionista.
Por fim, fica uma pergunta que não quer calar: será que o deputado Romero Rodrigues, em não sendo candidato, terá a coragem de pedir votos para Bruno e uma possível indicação de Veneziano? Como reagiriam os eleitores de Romero ao serem abordados pelo ex-prefeito campinense ao pedir votos para Bruno em 2024, depois de ver seu povo totalmente execrado politicamente? Seria uma missão bastante incômoda para Romero Rodrigues que poderia sair como traidor de seu povo que o desejaria ver no comando da Prefeitura? O tempo será o senhor da razão para tirar todas essas conclusões. Quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba