Investigações

Dom Manoel Delson fala sobre investigações no Padre Zé e diz se sentir envergonhado e traído: "É um choque"

Foto: Juliana Alves/Portal T5

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10), o arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, se pronunciou pela primeira vez desde que foi deflagrada a Operação Indignus, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que apura supostos desvios de doações ao Hospital Padre Zé e tem o ex-diretor Padre Egídio como centro das investigações. Delson disse que é triste para a Arquidiocese da Paraíba ver um religioso envolvido em um escândalo e que se sente envergonhado e traído.

“Realmente é um choque. Vergonha que um ministro de Deus tenha praticado uma coisa dessa natureza. Traído, porque a gente sente que um homem que foi preparado para anunciar o evangelho, para testemunhar a fé, estar a serviço dos mais pobres tenha sido instrumento de um negócio dessa natureza”, disse.

O religioso também disse que o patrimônio atribuído ao Padre Egídio é “uma soma que nos entristece”.

“É natural que um padre tenha carro, ou casa. Mas, a orientação é que o religioso tenha sempre uma vida sóbria e tranquila. A maioria dos padres vive assim. A orientação da igreja é que vivemos de modo simples. O patrimônio, segundo os meios de comunicação, tem uma soma que nos entristece. Se for realmente verdade é uma questão grave para um sacerdote e ministro de Deus que trabalha para os pobres”, opinou.

Também durante coletiva nesta terça, a nova gestão do Hospital Padre Zé, à frente do Padre George Batista, disse que Padre Egídio fez empréstimos na ordem de R$ 13 milhões em nome do Hospital Padre Zé.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba