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Juiz decreta prisão de pastor acusado de aplicar golpe de R$ 2 milhões em fiéis da Assembleia de Deus

Foto: Reprodução

A 2ª Vara Regional Criminal de Mangabeira, em João Pessoa, decretou a prisão preventiva do pastor Péricles Cardoso de Melo, suspeito de obter mais de R$ 2 milhões de vantagem indevida junto a fiéis. O pedido de prisão foi requerido pelo Ministério Público da Paraíba. Com o término do inquérito, a Polícia Civil concluiu que o religioso recebeu de forma indevida o montante de R$ 2 milhões. Cerca de 30 pessoas teriam sido vítimas do pastor.

 O processo corre em segredo judicial. Na semana passada, O pastor Péricles Cardoso morava no bairro de Mangabeira, em um apartamentoNo prédio, a síndica do edifício informou a um portal da Capital que o religioso deixou o imóvel em julho, assim que as investigações ganharam notoriedade na imprensa.

“Ante o exposto, DEFIRO OS REQUERIMENTOS PARA DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA DE PÉRICLES CARDOSO DE MELO E VÂNIA FRANCISCO DE MACEDO MELO, PARA A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E PARA GARANTIA DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL. E DETERMINO A REALIZAÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE QUAISQUER OBJETOS QUE POSSAM SERVIR DE PROVAS DA INFRAÇÃO PENAL”, diz a decisão que a reportagem do Portal MaisPB teve acesso.

Em parecer encaminhado à justiça no início do mês, a promotora Gláucia Maria de Carvalho Xavier, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), se manifestou pela decretação da preventiva.

Segundo a promotora, ficou claro durante a investigação por parte da Polícia Civil “que Péricles Cardoso de Melo, que era pastor da Igreja Assembleia de Deus em Mangabeira I desde o ano de 2018, utilizando-se de seu poder de convencimento, da fé religiosa e respeito que os fiéis que congregavam na Assembleia de Deus tinha por sua pessoa, começou a solicitar ajuda financeira dos fiéis para a compra e reforma de uma casa para a Igreja”.

Relembre

Péricles Cardoso era pastor da Igreja Assembleia de Deus, em Mangabeira I, desde o ano de 2018. As investigações concluíram que ele utilizava o poder de convencimento, da fé religiosa e respeito dos fiéis para solicitar ajuda financeira para a compra e reforma de uma casa para a Igreja.

A prática ocorreu por pelo menos dois anos. Ele pedia dinheiro emprestado e utilizava cartões de crédito dos fiéis, mas com esses valores fazia pagamentos de dívidas pessoais.

O MPPB afirma que os “irmãos” da igreja não sabiam entre si desses pedidos de ajuda, pois tudo era feito em sigilo. Em depoimento, as vítimas mencionaram que o pastor também se passava por um homem “muito bondoso”, ajudando financeiramente os fiéis da igreja, pagando contas deles com o dinheiro particular, mas, no entanto, ele utilizava o dinheiro que havia recebido dos congregados para fazer a “Obra na Igreja”.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba