Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Grupo Escolar Epitácio Pessoa - Por Sérgio Botelho

Na esquina da praça Coronel Antonio Pessoa (nome de ex-presidente da Paraíba, irmão do ex-presidente da República Epitácio Pessoa) com a Monsenhor Walfredo Leal (político paraibano do início da República, natural de Areia e tio de José Américo), última quadra de quem desce para a famosa Bica (Parque Arruda Câmara, que homenageia botânico nacionalmente famoso, nascido em Pombal), encontra-se o prédio do antigo Grupo Escolar Epitácio Pessoa, datado de 1918, hoje, Escola Estadual de Ensino Fundamental Epitácio Pessoa.

Foto: Internet

Na esquina da praça Coronel Antonio Pessoa (nome de ex-presidente da Paraíba, irmão do ex-presidente da República Epitácio Pessoa) com a Monsenhor Walfredo Leal (político paraibano do início da República, natural de Areia e tio de José Américo), última quadra de quem desce para a famosa Bica (Parque Arruda Câmara, que homenageia botânico nacionalmente famoso, nascido em Pombal), encontra-se o prédio do antigo Grupo Escolar Epitácio Pessoa, datado de 1918, hoje, Escola Estadual de Ensino Fundamental Epitácio Pessoa.

Em estilo Art Déco, bem comum na época, dessa forma foi construído na administração de Camilo de Holanda, presidente do estado entre 1916 e 1920, no pacote dos primeiros grupos escolares da então Parahyba do Norte, expressando as novas orientações nacionais republicanas de educação escolar primária. Da mesma forma que o Grupo Thomaz Mindello, o primeiro de todos, o Epitácio Pessoa, o segundo, também foi projetado e construído pelo arquiteto Pascoal Fiorillo.

Aliás, autor de outras obras significativas daquele período da história pessoense. Como se sabe, os grupos escolares, com matrícula gratuita, representavam o que de melhor podia ser destinado ao ensino. Higiene e adequadas condições de estar e de circular em seu interior se configuravam em itens obrigatórios. As salas de aula ventiladas e bem iluminadas se distribuíam de acordo com as séries e, assim, de forma mais vinculada às idades e nível de aprendizagem dos alunos. Em tempo: eram equipados com boas bibliotecas e, inclusive, dentistas.

O objetivo maior foi o de substituir as escolas isoladas onde os professores estabeleciam didática e conteúdo particulares, e, geralmente, nas próprias casas. De quebra, os prédios dos grupos mostravam aparência moderna, embelezando a cidade. Convém registrar que esses equipamentos escolares, e não foi diferente com o Epitácio Pessoa, muito serviram às elites. Embora, no caso do grupo de Tambiá, haja pioneirismo na aceitação de meninas e, ainda, na adoção do ensino noturno destinado aos mais pobres.

O que depois se espalhou por outros grupos escolares da capital. A construção na forma que se apresenta hoje é resultado de muitas intervenções durante o tempo, o que, na opinião dos especialistas, resultou em significativas modificações no estilo original. Mas de pé, e firme, para contar sua história.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba