Um jovem pianista de 14 anos enfrentou a amputação de suas mãos e pés após uma doença semelhante à gripe desencadear uma reação imunológica devastadora. Mathias Uribe, residente no Tennessee, Estados Unidos, começou a apresentar sintomas de um resfriado comum em meados de junho, mas em poucas semanas sua condição se agravou, levando-o às pressas para o pronto-socorro.
No hospital, os médicos diagnosticaram a síndrome do choque tóxico, uma condição desencadeada quando infecções liberam toxinas na corrente sanguínea. A situação se deteriorou quando os pulmões do adolescente começaram a falhar, obrigando-o a ser conectado a uma máquina de suporte à vida, porém seu corpo lutava para bombear o sangue de maneira eficaz.
Essa grave circunstância levou ao apodrecimento da pele de suas extremidades, resultando em gangrena. Diante dessa situação crítica, os médicos tiveram que tomar a difícil decisão de amputar seus quatro membros. A mãe de Mathias, Catalina Uribe, compartilhou que é “muito doloroso” ver vídeos de seu filho antes da doença, quando ele corria e tocava piano. No entanto, ela também expressou gratidão pela vida dele.
De acordo com as agências internacionais, A Dra. Katie Boyle, líder da equipe médica que cuida de Mathias, enfatizou que o caso foi “extremamente raro”. Ela explicou que, ocasionalmente, uma gripe pode desencadear uma infecção bacteriana, mas a maioria das crianças não desenvolve uma doença tão grave. No caso de Mathias, ele foi diagnosticado com síndrome do choque tóxico estreptocócico.
Essa doença é causada pela bactéria estreptococo do grupo A, comumente encontrada na garganta e na pele, e geralmente é inofensiva. No entanto, quando o sistema imunológico está enfraquecido devido a uma infecção anterior, a pessoa fica mais vulnerável a essas bactérias relativamente inofensivas.
Em 30 de junho, Mathias sofreu uma parada cardíaca e foi transportado de helicóptero para um hospital equipado com uma máquina de suporte à vida. Após 20 dias de tratamentos intensivos, os médicos concluíram que suas mãos e pés precisavam ser amputados, uma vez que não receberam fluxo sanguíneo adequado durante esse período.
Quando isso ocorre, o tecido pode se deteriorar e causar infecções. Em casos graves, como o de Mathias, a amputação é necessária. Além disso, durante um episódio de sepse, a inflamação torna o sangue mais espesso e propenso a coagular, o que dificulta a circulação sanguínea e a entrega de nutrientes aos tecidos. Isso pode resultar na morte do tecido, que deve ser removido para evitar a disseminação da infecção. Quando a área gangrenosa é limitada, o cirurgião pode remover apenas a quantidade necessária para interromper a propagação da infecção.
Em 21 de julho, a equipe médica de Mathias amputou sua perna esquerda logo abaixo do joelho. Quatro dias depois, sua perna direita foi amputada. Em 1º de agosto, as mãos foram removidas.
A sepse é considerada uma emergência médica e é conhecida como o “assassino silencioso”. Ela ocorre quando o corpo reage de forma extrema a uma infecção, resultando em uma reação em cadeia que leva à falência de órgãos.
Mathias passou por mais de uma dúzia de cirurgias e enfrenta um longo caminho de recuperação. Sua família está arrecadando fundos para cobrir as despesas médicas e o custo de próteses. Eles têm a esperança de que, com o tempo, o jovem seja capaz de tocar piano e praticar esportes novamente.
A mãe dele compartilhou uma mensagem de esperança, dizendo: “Sua vida será incrível. Você pode ir aonde quiser. Você não tem limites porque você está aqui. Mathias, você está aqui”.
Fonte: Polêmica Paraíba com Notícias ao minuto
Créditos: Polêmica Paraíba