Se há um prédio que até em certos períodos de reformas nunca deixou de ser utilizado, este é o do atual Comando Geral da Polícia Militar, em João Pessoa.
Fica entre as praças Aristides Lobo (seu endereço oficial e que já se chamou Largo do Tesouro) e a Praça Pedro Américo, na descida para o comércio (avenida Guedes Pereira). Apesar do extenso emprego, até ficar do jeito que se apresenta hoje a edificação cumpriu, do império à república, um calendário de obras a envolver décadas.
Essas obras, entre fundação e reformas importantes, se estenderam de 1852, na época presidência provincial (1851-1853) do sergipano Antônio Coelho de Sá e Albuquerque, até a presidência estadual (1928-1930) a cargo do paraibano de Umbuzeiro, João Pessoa. Foi entregue com térreo e primeiro andar, quando da sua primeira inauguração, em 1861, e findou no que é hoje, uma construção de 4 andares, no comecinho da primeira década de 1930.
Projetado, no primeiro momento, para ser o teatro público da cidade de Parahyba do Norte, nunca chegou a ser ocupado com essa finalidade. Na inauguração, sediou o Tesouro Estadual. Mas também já foi Escola Normal, Secretaria de Instrução Pública, Tribunal do Juri, Superior Tribunal de Justiça da Paraíba e Assembleia Legislativa.
E ainda Repartição de Águas e Esgotos, além de secretarias da Fazenda, da Instrução, das Obras Públicas, para finalmente ser entregue, já na década de 1970, à Polícia Militar, que no local instalou seu comando. Na mesma praça Aristides Lobo, tão distinta e memoriosa, outro prédio concebe notável paisagem, juntamente com o do Comando da PM, no caso, o Grupo Thomaz Mindello, datado da década de 1910.
Do lado oeste, na também vetusta Praça Pedro Américo, existem o prédio do quartel da PM, o dos Correios e Telégrafos e o do Teatro Santa Roza. Tudo muito evocativo. De acordo com site da PM, trata-se de edifício em estilo neobarroco, devidamente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Iphaep).
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba