No último dia 28 de agosto, foi divulgada a morte de uma influenciadora, de 33 anos, após a mesma ter ingerido bebidas alcoólicas e entorpecentes. O namorado de Larissa Borges relatou que os dois teriam consumido álcool e drogas em uma festa, e que decidiram voltar para o hotel quando a influenciadora passou mal no fim da noite do dia 20 de agosto.
Larissa sofreu uma parada cardíaca. Após o mal súbito, a influenciadora de educação física passou mais de uma semana em coma, mas sofreu uma segunda parada cardíaca e não resistiu.
O delegado Gustavo Barcellos, que está a frente do caso, disse que aguarda os resultados dos exames periciais laboratoriais e que já ouviu o depoimento do pai e do companheiro de Larissa.
O que chama atenção no caso de Larissa, é que inicialmente foi divulgado que a mesma teria feito o consumo de entorpecentes e álcool. Não sendo definido qual o tipo de entorpecente, drogas ou medicamentos. Logo em seguida, o namorado, em depoimento, informou que teriam usado drogas ilícitas durante a noite de festa.
Mas, quais os cuidados que devemos ter quando fazemos o uso de entorpecentes e queremos ingerir bebida alcoólica? O que pode ser definido como entorpecentes?
ENTORPECENTES
Inicialmente, precisamos entender que entorpecentes, também conhecidos como drogas ou substâncias entorpecentes, são substâncias químicas que afetam o sistema nervoso central, causando alterações no funcionamento normal do cérebro e do corpo. Essas substâncias têm a capacidade de produzir efeitos psicoativos, ou seja, podem alterar o estado de consciência, percepção, humor, pensamento e sensações de quem as consome.
Os entorpecentes podem ser usados para fins médicos, recreativos ou mesmo em contextos religiosos, mas também podem apresentar riscos significativos para a saúde e levar a problemas de dependência.
O Polêmica Paraíba conversou com o farmacêutico Paulo Douglas de Azevêdo Teotônio, CRFPB 5081, para entender melhor esses perigos e aprender como evitá-los.
Segundo Paulo Douglas, os medicamentos entorpecentes são aqueles que atuam no sistema nervoso central e causam na grande maioria depressão do mesmo. Esses medicamentos podem se tornar uma bomba-relógio para a saúde, aumentando os riscos de insuficiência respiratória e outros problemas sérios.
Ação depressiva no sistema nervoso central
O uso de medicamentos entorpecentes, como morfina, cafeína, tramadol e outros, é comum em tratamentos médicos. Essas substâncias têm a capacidade de atuar no sistema nervoso central (SNC), causando geralmente depressão nesse sistema. Quando combinadas com álcool, que também possui um efeito depressivo sobre o SNC, os efeitos podem ser potencializados, aumentando os riscos de problemas de saúde graves.
Riscos da combinação
A combinação de entorpecentes e álcool pode causar uma série de problemas de saúde, sendo a insuficiência respiratória um dos mais preocupantes. A ação combinada dessas substâncias pode levar a uma diminuição perigosa da atividade respiratória, o que pode ser fatal em casos extremos. Além disso, essa combinação pode resultar em alucinações, euforia, sensação de leveza e outros sintomas prejudiciais tanto para o paciente quanto para aqueles que o cercam.
A importância da prevenção
O farmacêutico enfatiza a importância da informação direta ao paciente. “A prevenção é a chave para evitar complicações graves”, afirma. “Os pacientes devem ser informados sobre os riscos associados à combinação de entorpecentes e álcool. O esclarecimento acerca desses perigos pode ajudar a evitar problemas sérios de saúde.”
Avaliação profissional
O farmacêutico também destaca a relevância da avaliação de um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com medicamentos entorpecentes. “O histórico do paciente e seus sintomas prévios são cruciais para determinar o tratamento adequado”, diz Paulo Douglas de Azevêdo Teotônio. “Isso pode ajudar a evitar a prescrição inadequada de medicamentos ou a combinação perigosa com álcool.”
Em conclusão, a combinação de entorpecentes e álcool é um risco significativo para a saúde, que pode levar a consequências graves. A informação direta ao paciente, a avaliação profissional e a conscientização são medidas essenciais para evitar esses riscos. A prevenção é a melhor maneira de garantir que pacientes e suas famílias não enfrentem complicações sérias decorrentes dessa combinação perigosa.
Alguns tipos de entorpecentes
Os entorpecentes podem ser categorizados em diferentes classes com base em seus efeitos e características químicas. Algumas das categorias mais comuns incluem:
1. Estimulantes: Substâncias que aumentam a atividade do sistema nervoso central, resultando em maior energia, alerta e euforia. Exemplos incluem a cocaína e as metanfetaminas.
2. Depressores: Substâncias que diminuem a atividade do sistema nervoso central, resultando em relaxamento, redução da ansiedade e sedação. Exemplos incluem álcool, benzodiazepínicos e alguns medicamentos prescritos para dor.
3. Alucinógenos: Substâncias que alteram a percepção sensorial e podem levar a alucinações, mudanças na percepção de tempo e espaço e experiências espirituais ou místicas. Exemplos incluem LSD, cogumelos mágicos e DMT.
Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos