O advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou, nesta sexta-feira (18/8), que o dinheiro proveniente da venda de um relógio da marca Rolex, nos Estados Unidos, foi dirigido ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A declaração de Cezar Bittencourt, defensor de Cid, foi dada em entrevista à GloboNews. Segundo o advogado, Bolsonaro teria pedido a Cid para “resolver o problema do Rolex”, cujo valor chega a US$ 25 mil.
“Pelo que eu sei, [o dono] era o presidente. Isso não quer dizer que [Cid] tenha entregue [o dinheiro] direto para o presidente. Pode ter sido para a primeira-dama”, disse Bittencourt.
Nessa quinta-feira (17/8), o advogado afirmou à revista Veja que Cid iria confessar à Polícia Federal (PF) que vendeu as joias a mando de Bolsonaro. No entanto, ao jornal o Estado de S.Paulo, o advogado voltou atrás no que disse.
Nesta sexta, o advogado afirmou que, durante a entrevista, se referia apenas ao Rolex, e não a todas as joias. Além disso, ele negou que Cid vá “dedurar” Bolsonaro ou fazer uma delação.
O Rolex, de acordo com investigação da PF, faz parte de um kit de joias, que inclui anel, abotoaduras, rosário islâmico e relógio.
O material foi dado ao ex-presidente em visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e vendido em junho de 2022, nos Estados Unidos. Diante da repercussão do caso, em março de 2023, Frederick Wassef, advogado da família, buscou apenas o relógio nos EUA e o entregou a Cid. Por fim, ele o encaminhou ao assessor e tenente do Exército Osmar Crivelatti.
O restante das joias foi recuperado por Cid em 27 de março, quando viajou a Miami, nos Estados Unidos. Somente em abril de 2023, o kit foi entregue à Caixa Econômica Federal.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba