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A MAIOR COPA DA HISTÓRIA: Confira um guia completo do mundial feminino e as chances do Brasil levar à taça

A Copa do Mundo Feminina de 2023 chega a sua nona edição, considerada o maior torneio de todos os tempos. Pela primeira vez na história, 32 seleções vão disputar o tão sonhado título.

Arte: Marcelo Jr

A Copa do Mundo Feminina de 2023 chega a sua nona edição, considerada o maior torneio de todos os tempos. Pela primeira vez na história, 32 seleções vão disputar o tão sonhado título.

O Mundial começou na última quinta-feira (20) e vai até o dia 20 de agosto, em dois países diferentes: Austrália e Nova Zelândia. A expectativa é de recordes de público sendo quebrados na Oceania.

Nessa matéria nós iremos trazer um guia completo da Copa, composto por curiosidades, recordes, grupos, favoritas e as chances do Brasil ganhar o mundial pela primeira vez.

O INÍCIO

Historicamente, a trajetória da Copa do Mundo de Futebol Feminino começa em 1970. A primeira edição aconteceu na Itália, mas ela não teve chancela da FIFA e levou o nome do patrocinador: Martini Rosso Cup.

Sete países jogaram, e a Dinamarca foi campeã. Um ano depois, no México, o campeonato aconteceu novamente, entre outros 6 países. A seleção dinamarquesa ganhou novamente.

Mas foi apenas no ano de 1988 que a Fifa passou a se movimentar para criar o que se conhece hoje por Copa do Mundo Feminina.

A primeira edição, que funcionou como um teste, aconteceu em 1991, na China, com a participação de 12 seleções. Os Estados Unidos foram os campeões da primeira edição, derrotando a Noruega na final.

A partir daí, a competição começou a ser realizada a cada quatro anos, seguindo o mesmo calendário da Copa do Mundo masculina.

A segunda edição da Copa do Mundo de futebol feminino também teve 12 participantes. De 1999 até 2011, passaram a contar com 16. Em 2015, o número de seleções passou a ser 24 e ampliado para 32 em 2023 .

RECORDES

O mundial tem os Estados Unidos como a seleção com mais títulos, sendo tetracampeã. Depois dela, vem a Alemanha, que venceu duas vezes, com Noruega e Japão, tendo uma conquista cada.

O mais perto que a nossa seleção chegou de ganhar uma Copa, foi na final de 2007, quando perdemos de 2 a 0 para a Alemanha. Além disso, a amarelinha também tem um 3.º lugar, conquistado em 1999, ao vencer a Noruega na disputa por pênaltis.

A Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia terá um recorde de premiação da FIFA para o futebol de mulheres: o time campeão receberá US$ 15,7 milhões, quatro vezes mais do que o valor da última edição da Copa, em 2019, que foi de US$ 4 milhões). Também serão distribuídos US$ 110 milhões em premiações para as seleções e as jogadoras receberão prêmios individuais de até US$ 270 mil por sua participação. Apesar de serem valores inéditos para a modalidade, ainda é extremamente baixo na comparação com o futebol masculino – campeã da Copa em 2022, a Argetina faturou US$ 42 milhões pelo título, quase três vezes mais do que as mulheres receberão.

VEJA MAIS ALGUNS RECORDES

Mais vezes finalistas: Estados Unidos, com 5 finais
Maior artilheira: Marta, com 17 gols
Mais jogos disputados: Kristini Lilly, com 30 jogos
Mais Copas disputadas: Formiga, com 7 (1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019)
Mais velha a disputar uma Copa: Formiga, com 41 anos e 112 dias no Mundial de 2019

GRUPOS

Datas e horários dos jogos do Brasil na fase de grupos

Brasil x Panamá – 24 de julho (segunda-feira), às 08h – Hindmarsh Stadium, em Adelaide.
França x Brasil – 29 de julho (sábado), às 07h – Brisbane Stadium
Jamaica x Brasil – 2 de agosto (quarta-feira), às 07h – Melbourne Rectangular

Foto: Fifa

CAMINHO DO BRASIL

Foto: Alex Livesey – FIFA/FIFA via Getty Images

O Brasil caiu no grupo de uma equipe forte, a França, uma adversária que o time tem extrema dificuldade de enfrentar. Em 10 jogos, são seis derrotas e quatro empates. As francesas foram as algozes do Brasil na Copa 2019, quando se enfrentaram nas oitavas de final. Para sorte brasileira, porém, Panamá e Jamaica são times muito acessíveis. Passar de fase é algo que se espera de um time como o Brasil em um grupo como esse.

Só que caso o Brasil mantenha a dificuldade diante da França e se classifique em segundo lugar, a tendência é que o caminho seja pedreira atrás de pedreira. Isso porque pode enfrentar a Alemanha logo nas oitavas de final, caso as alemãs confirmem o favoritismo no Grupo H, que também é composto por Colômbia, Coreia do Sul e Marrocos.

VEJA UM RAIO-X DOS ADVERSÁRIOS BRASILEIROS NA PRIMEIRA FASE

FRANÇA

As francesas foram as carrascas do Brasil na última edição da Copa do Mundo Feminina. Em 2019, francesas e brasileiras duelaram nas oitavas de final e as europeias levaram a melhor após vencerem na prorrogação por 2 a 1. Apesar de tradicional, a França chega ao Mundial deste ano com problemas que o tornam uma incógnita.

A quatro meses do início da Copa do Mundo Feminina, a capitã Wendie Renard e as atacantes Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto pediram afastamento da seleção por problemas de relacionamento com a técnica Corinne Diacre. Após o episódio, a Federação Francesa de Futebol contornou a situação e decidiu demitir a treinadora para contratar o técnico Herné Renard, que comandou a Arábia Saudita na última Copa do Mundo Masculina e impôs a única derrota da campeã Argentina.

Dentro dos gramados, a equipe vem de bons resultados. São 12 vitórias consecutivas, incluindo partidas amistosas contra Brasil e Holanda. Na Eurocopa do ano passado, a França chegou às semifinais, caindo para a Alemanha. A equipe eliminou a Holanda, atual vice-campeã mundial, nas quartas de final.

JAMAICA

O país do reggae é uma velha conhecida da seleção brasileira. A equipe do país caribenho foi adversária do Brasil na última edição da Copa do Mundo Feminina. Na ocasião, em duelo da primeira fase, a seleção brasileira levou a melhor por 3 a 0.

A seleção jamaicana chega para a competição ainda sem vencer em 2023. Foram seis jogos neste ano, com cinco derrotas e um empate. A equipe chegou a perder para El Salvador por 5 a 2 e para o México por 7 a 3. Na última edição da Copa Ouro Feminina, o time comandado pelo treinador Lorne Donaldson, de apenas 36 anos, ficou com o terceiro lugar.

PANAMÁ

Estreante na Copa do Mundo Feminina, a seleção panamenha conseguiu a classificação através da repescagem continental das Eliminatórias. A equipe venceu Paraguai e Papua Nova Guiné para conseguir a vaga inédita.

Assim como a Jamaica, Panamá esteve na Copa Ouro Feminina, mas não conseguiu passar da primeira fase. Após vencer Trinidad e Tobago, mas perder para Costa Rica e Canadá, a seleção panamenha foi eliminada depois de apenas três partidas na fase decisiva da competição.

FAVORITAS

Foto: Reprodução

Em um torneio em que o campeão atua em apenas sete partidas, zebras podem acontecer, mas França, Alemanha, Espanha, Suécia, Inglaterra e os Estados Unidos são as seleções favoritas a conquistar a Copa do Mundo Feminina de 2023.

Estados Unidos
No topo do ranking mundial do futebol feminino, a maior vencedora da competição chega mais uma vez como o principal nome da Copa do Mundo Feminina. A seleção tem 4 títulos conquistados, sendo o mais recente em 2019, última edição do mundial.

Inglaterra
As inglesas também são uma grande potência do futebol feminino, mas nunca chegaram a uma final do mundial. O seu melhor desempenho foi em 2015, com a conquista do 3º lugar.

Espanha
Outra seleção que não tem um grande histórico na Copa do Mundo Feminina, mas que chega com força para o mundial de 2023, é a espanhola. Com grandes nomes no futebol, como a melhor do mundo Alexia Putellas, o time tenta chegar à sua primeira final.

Alemanha
Duas vezes campeãs da Copa do Mundo Feminina, as alemãs chegam, mais uma vez, como um grande nome na competição. O elenco tem qualidade e disciplina para encostar na maior campeã do mundo, a seleção dos EUA.

França
As francesas também chegam para essa Copa do Mundo sem nunca ter disputado uma final do mundial, mas com um elenco de muita força. O problema é que a seleção, apesar da boa qualidade, terá três das suas principais jogadoras como desfalque por conta de desentendimentos com a comissão técnica.

Suécia
Outro grande nome do futebol feminino, a Suécia possui um elenco de qualidade e reputação mundial. A seleção tem em seu repertório três conquistas de 3º lugar e um vice-campeonato, e chega para a competição com força para levantar a taça de melhor do mundo.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba