Depois de sete meses sem notícias da mãe, a canadense Cambria Harris, 22 anos, soube que um assassino em série a havia matado.
Não apenas isso: o corpo foi jogado em um aterro sanitário em sua cidade, Winnipeg, no Canadá, embaixo de toneladas de lixo.
Morgan Harris, a mãe de Cambria Harris, não foi a única vítima do assassino. Sabe-se também que ele matou outras três mulheres indígenas: Marcedes Myron, Rebecca Contois e a “Mulher de Búfalo” (nome dado a ela pela comunidade porque sua identidade era desconhecida).
A polícia de Winnipeg disse a Cambria Harris que seria impossível procurar o corpo da mãe dela no aterro, mas recentemente as autoridades voltaram atrás e disseram que seria sim possível.
O processo levaria cerca de três anos e custaria 184 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 660 milhões), então o governo federal está decidindo se inicia ou não a busca — algo que Cambria não consegue nem cogitar que não aconteça.
A Associação de Mulheres Nativas do Canadá acredita que mais de 4 mil mulheres indígenas desapareceram ou foram assassinadas nos últimos 30 anos.
Em 2019, um inquérito público encomendado pelo governo canadense concluiu que essas mulheres foram vítimas de um genocídio alimentado por ações e omissões do Estado e abastecido pela herança das ideologias coloniais.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra