Em mais uma ação realizada para a aquisição do Selo Social Prefeitura Parceira das Mulheres, desenvolvido pelo Governo do Estado, que tem como tema central a Diversidade Sexual e de Gênero, a Prefeitura de Patos, por meio da Secretaria Executiva de Políticas para a Mulher – SEPM, está promovendo uma formação sobre Diversidade Sexual para os servidores municipais.
A formação tem como abordagem central o contexto geral, políticas públicas e problemáticas sociais da comunidade LGBTQIAPNB+ e está sendo proferida pela coordenadora do Centro Estadual de Referência LGBTQIAPNb+ Luciano Bezerra, Laura Brasil, que considera a municipalização das políticas públicas uma forma de dignificar a vida das pessoas que já vêm enfrentando historicamente uma série de entraves de direitos básicos.
“A partir do momento em que a gente chega junto dos municípios, como agora aqui em Patos através da Secretária Brígida, quando a gente promove essas ações itinerantes, que dialoga com os diversos setores, tanto em nível da ação social do município, quanto da saúde, da educação e dos diversos outros setores, a gente está promovendo sementes. A gente está promovendo essa replicação que vai impactar diretamente no cuidado. É o que vai fazer com que, por exemplo, uma jovem travesti, no município de Patos, possa terminar o seu ensino médio, ela possa ingressar no mercado de trabalho, ela possa ter seu acesso à saúde resguardado e assim ela possa ter uma vida digna e não atingir essa triste estatística que a gente tem a nível nacional de que a população trans, por exemplo, vive apenas trinta e cinco anos ou sofrer qualquer tipo de discriminação, ou caso venha a sofrer que ela tenha uma equipe municipal treinada e capacitada para ofertar cuidado e atendimento”, enfatizou Laura.
Conforme explicou a secretária da SEPM, Brígida Emmanuelli, a formação tem como objetivo qualificar os servidores municipais a fim de não haja multiplicação do ódio e preconceito com a comunidade LGBTQUIAPNB+ e que se possam desenvolver políticas públicas eficazes.
“Para que exista um melhor atendimento do público LGBT, para que não exista a homofobia, para que não exista a multiplicação do ódio, do preconceito, nós precisamos estar atualizados, informados com relação a postura diante das pessoas que não se vêem homens, que não se vêem mulher ou que tem um relacionamento com outra pessoa do mesmo gênero. Então, para cobrar as pessoas do serviço público, para cobrar a sociedade, para cobrar políticas públicas voltadas para essa comunidade a gente precisa de informação. Por isso que nós estamos trazendo Laura Brasil para dar essas informações”, explicou Brígida que ainda pontuou o grande número de pessoas que procuraram realizar o curso, inclusive da sociedade, o que para a SEPM é bastante gratificante.
Para a assistente social do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE), Eveline Cavalcante, “todo profissional de saúde deveria fazer essa formação, pois é um momento riquíssimo de aprendizado, de conhecimento para a gente atender melhor o público. Então, acho o momento de grande importância e nós como profissionais da saúde precisamos participar desses momentos e aproveitar essas oportunidades para acrescentar nosso trabalho, para qualificar a nossa ação profissional”.
Já a coordenadora do Programa Criança Feliz, Ana Tamires, o aprendizado durante a formação vai ser multiplicado, uma vez que o programa é a porta de entrada de qualquer serviço.
“É uma informação muito riquíssima, aprendemos muito, vamos multiplicar muito com as pessoas, porque como o Criança Feliz é a porta de entrada de qualquer serviço, sempre é bom saber como é que se trata. Porque muitas das vezes atendemos crianças que os cuidadores são homossexuais, que as mães também são lésbicas. Então, foi bastante produtivo, bastante enriquecedor tanto profissional como pessoal”, avaliou Tamires.
A formação sobre Diversidade Sexual está acontecendo no auditório do Sebrae-Patos e teve início nesta quinta-feira, 20, com turmas no período da manhã e tarde, e terá também uma turma pela manhã, na sexta-feira, 21.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba