Nesta sexta-feira (14), o pastor André Valadão abriu o jogo sobre a possibilidade dele ser preso por conta das falas homofóbicas pregadas em cultos. Um seguidor aproveitou que ele abriu uma caixa de perguntas, como faz normalmente, para questioná-lo sobre ser preso. No entanto, o líder religioso não se reservou apenas ao story do Instagram, como também publicou no feed no perfil.
“Acha que vai ser preso em quanto tempo? Você acha mesmo que seu Deus está acima de leis? Seja coerente”, perguntou uma pessoa. Valadão respondeu negando possibilidade de prisão: “Vamos lá, a primeira coisa, não tem negócio de prisão não, a única prisão que existe é na sua cabeça que já está presa a uma ideologia, a um sistema completamente mudado, né?”.
Ele continua a resposta atravessada e fala: “Eu não, minha vida é livre em Deus e se resume na sua palavra. ‘Você acha mesmo que seu Deus está acima de leis?’ Acho não, tenho certeza. Deus está acima de todo governo e de todo e qualquer estabelecimento, estabelecer humano nessa terra. Essa é a minha coerência”, finalizou o pastor.
André Valadão quebra o silêncio sobre risco de ser preso pic.twitter.com/FpjqAMH4oX
— Mariana Morais (@moraismarianam) July 14, 2023
A pergunta aconteceu após André Valadão ser denunciado ao Ministério Público Federal, depois que ele, em um culto, associa, bem como, as vivências das pessoas homoafetivas a um comportamento ‘imoral’. Durante a pregação, o pastor também ofende a honra e a dignidade dos LGBTQIA+. Ele usa expressões como amaldiçoados, nojentos, antinaturais e dignos de ódio, além de incitar os fiéis a matarem pessoas LGBTQIA+.
Contudo, depois da denúncia, a Justiça Federal de Minas Gerais acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF). Eles determinaram a remoção dos conteúdos discriminatórios de André Valadão no YouTube e do Instagram. Segundo as autoridades, as plataformas têm cinco dias para remover os vídeos, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, em caso de descumprimento.
A decisão tem caráter liminar, no âmbito de ação movida pelo MPF que pede, ainda, que o pastor, sobretudo, seja condenado a arcar com os custos de produção. São eles: divulgação de contrapontos aos discursos feitos, a retratação pelas ofensas, e o pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Em Off