atração por bandido

OS PARADOXOS DO AMOR BANDIDO: escritora diz que advogadas criminais deixam suas famílias para viver com clientes presos; entenda sobre a hibristofilia

Foto: Polêmica Paraíba

Os Paradoxos do Amor Bandido, A Síndrome do Amor Bandido e A Tara do Amor Bandido; esses três livros são de autoria da escritora e advogada criminalista paraibana, Erika Ferreira, que em entrevista ao Arapuan Verdade, contou um pouco sobre como decidiu escrever os livros.

De acordo com a escritora, os livros são frutos de entrevistas feitas ao longo de 10 anos exercendo a advocacia criminal, onde decidiu fazê-las após ouvir uma mulher dizer que só gosta de bandido e de “bandido preso”.

Erika disse ainda que já possui quase 300 entrevistas de mulheres com o mesmo gosto, inclusive algumas delas são advogadas criminais. “Existem colegas, advogadas criminais que deixaram a família para viver com clientes presos, inclusive aqui em João Pessoa”, disse.

A hibristofilia e a atração por criminosos condenados

O fenômeno da hibristofilia, a atração e o fetiche por criminosos violentos, tem se tornado cada vez mais conhecido graças a casos de pessoas que se casam ou se envolvem com assassinos ou criminosos famosos. Exemplo recente disso é o caso de Alyne Bento, ex-esposa de Daniel Cravinhos, um dos cúmplices de Suzane von Richtofen no assassinato de seus pais.

Mas por que pessoas sentem essa atração por criminosos? É algo socialmente condenável, mas, ainda assim, casos como os de Charles Manson, Ted Bundy e Richard Ramirez mostram que eles são assediados por milhares de mulheres por meio de cartas e e-mails. A psicóloga e professora de psicologia forense Maria de Fátima Franco nos ajuda a entender melhor esse fenômeno.

O que leva alguém a sentir atração por um criminoso?
Segundo Maria de Fátima Franco, a atração que algumas pessoas sentem por criminosos é fruto de diversos fatores. Um deles é a identificação com a agressividade e a coragem do criminoso, pois muitas pessoas gostariam de ser mais assertivas e violentas em suas vidas. A projeção dessas características no assassino faz com que sintam admiração e atração por ele.

Outro fator a ser considerado é a fama e a atenção dada pela mídia aos criminosos. Essa exposição traz uma aura de “popstar” para o assassino, tornando o crime algo mais atraente e colocando o criminoso em posição de destaque diante das pessoas que sentem a hibristofilia.

A hibristofilia é um transtorno mental ou apenas um fetiche?

A hibristofilia é considerada uma parafilia, ou seja, um interesse sexual atípico. No entanto, nem toda parafilia é considerada um transtorno mental. Para ser classificada como um transtorno, a parafilia deve causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento da pessoa, ou envolver atividades sexuais com crianças, animais ou outras atividades não consensuais.

Portanto, a hibristofilia pode ser apenas um fetiche em alguns casos, mas em outros pode se tornar um problema mais sério, afetando a vida e as decisões da pessoa de forma negativa.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba